tag:blogger.com,1999:blog-65387995852255471922024-03-29T00:33:09.829-03:00Brasil Soberano e LivreIndependente de ideologias, principalmente extremistas, este blog se destina a notícias, denúncias e elogios aos que beneficiem, ou que estejam atrasando o desenvolvimento do Brasil como nação justa, livre e soberana.Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.comBlogger349189125tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-28012472106699954492024-03-29T00:03:00.000-03:002024-03-29T00:03:03.991-03:00 Gangues faturam até US$ 3 trilhões por ano com tráfico humano, diz Interpol<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfxzszxPHnFgAaWK1J7UHEMtrd1fVZZ12E9w8Dr5VTQARuzl2Utxt0ejmfMUXVMAFCG1pkO5NTIe0vG7AVNsE5M2gCkCiXRLrtvJer7QumvJE92M34fedYssewdb8nG578DR_21wfir9kjtgishVOz7dc0DgxHSM6o5S92QZhQumdjKiQQZiDRUrFbJaQ/s1000/Mulheres-e-meninas-sao-as-prin-20180730102205.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="502" data-original-width="1000" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfxzszxPHnFgAaWK1J7UHEMtrd1fVZZ12E9w8Dr5VTQARuzl2Utxt0ejmfMUXVMAFCG1pkO5NTIe0vG7AVNsE5M2gCkCiXRLrtvJer7QumvJE92M34fedYssewdb8nG578DR_21wfir9kjtgishVOz7dc0DgxHSM6o5S92QZhQumdjKiQQZiDRUrFbJaQ/s16000/Mulheres-e-meninas-sao-as-prin-20180730102205.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Relatório interno do Facebook, obtido pela CNN, mostra ciência da empresa sobre tráfico de pessoas</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Crime no sudeste asiático se tornou uma crise global, diz organização internacional</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Kathleen Magramo</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A fraude alimentada pelo tráfico humano está explodindo no sudeste asiático, com grupos do crime organizado arrecadando quase três trilhões de dólares em receita ilícita anualmente, disse o chefe da Interpol em comentários que revelam os enormes lucros obtidos pelos cartéis.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Um grupo internacional do crime organizado ganha US$ 50 bilhões por ano, de acordo com o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, acrescentando que US$ 2 trilhões a US$ 3 trilhões de dinheiro ilícito circulam pelo do sistema financeiro global anualmente. Para comparar, a economia da França vale US$ 3,1 trilhões de acordo com o Fundo Monetário Internacional.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Enquanto o tráfico de drogas contribui com cerca de 40% a 70% da renda do crime organizado, grupos criminosos também estão usando essas redes de contrabando para mover ilegalmente seres humanos, armas e produtos roubados, entre outras coisas, disse Stock.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Impulsionados pelo anonimato on-line, inspirados por novos modelos de negócios e acelerados pela Covid, esses grupos do crime organizado estão agora trabalhando em uma escala que era inimaginável há uma década”, disse Stock em um briefing no escritório global do órgão de coordenação policial em Cingapura na quarta-feira (27).</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Hoje, um banco – ou mesmo qualquer um – é menos provável de ser roubado com uma arma do que através de um teclado por alguém do outro lado do mundo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O que começou como uma ameaça de crime regional no sudeste asiático se tornou uma crise global de tráfico humano, com milhões de vítimas, tanto nos centros de golpes cibernéticos quanto como alvos.”</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A Interpol diz que suas operações na Ásia levaram a quase 3.500 prisões e a apreensão de US$ 300 milhões em ativos obtidos ilegalmente em 34 países desde 2021.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Testemunhos de sobreviventes, campanhas de ONGs e reportagens da mídia nos últimos três anos expuseram cada vez mais uma explosão em gangues de fraude on-line que operam no sudeste da Ásia, muitas usando trabalho escravo de fato para atingir pessoas em todo o mundo, incluindo os Estados Unidos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As vítimas de toda a Ásia são muitas vezes enganadas em empregos aparentemente legítimos em toda a região e, em seguida, são traficadas para complexos fraudulentos onde enfrentam sérios abusos, incluindo trabalho forçado, detenção arbitrária, tratamento degradante ou tortura – muitas vezes com ajuda mínima ou nenhuma das autoridades locais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Centenas de milhares de pessoas são traficadas para a criminalidade online em toda a região, de acordo com um relatório das Nações Unidas no ano passado.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A ONU estimou que até 120 mil pessoas poderiam ser mantidas em complexos em Mianmar, que foi mergulhado em guerra civil desde um golpe militar em 2021, com outras 100 mil pessoas detidas no Camboja e em outros lugares em condições que equivalem à escravidão moderna.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Empresas criminosas também existem no Laos, na Tailândia e nas Filipinas, com muitas das operações fraudulentas on-line lucrativas que variam de jogos de azar ilegais a golpes amorosos e fraudes de criptomoedas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“As pessoas que são coagidas a trabalhar nessas operações fraudulentas sofrem tratamento desumano enquanto são forçadas a cometer crimes. Elas são vítimas. Eles não são criminosos”, disse no relatório o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Um centro-chave para associações fraudulentas é Mianmar, que compartilha uma fronteira montanhosa com o sudoeste da China – e Pequim agora está tentando reprimir o crime transfronteiriço visando cidadãos chineses.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em complexos fortemente vigiados controlados por senhores da guerra locais, dezenas de milhares de pessoas, principalmente chineses, foram presas e forçadas por gangues criminosas a fraudar estranhos com esquemas sofisticados pela internet. Pequim pressionou o governo militar de Mianmar para controlar as operações fraudulentas, mas com sucesso limitado.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em outros lugares, os cassinos nas Filipinas que atendem jogadores ilícitos da China se espalharam por todo o país, com autoridades em Manila lutando para reduzir o número crescente de estabelecimentos de jogos de azar usados como fachada para centros e outros crimes fraudulentos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">No início deste mês, mais de 800 filipinos, chineses e outros cidadãos foram resgatados durante uma incursão policial a um centro de fraudes de romance on-line que se apresenta como um cassino, a cerca de 100 quilômetros da capital, informou a agência oficial de notícias filipina, citando autoridades locais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Centenas de vítimas foram feitas para posar como amantes e atrair pessoas para enviar dinheiro, no que é comumente conhecido como um golpe de “carnificina de porcos”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As vítimas, algumas da Malásia e do Vietnã, disseram aos investigadores locais que cada trabalhador foi forçado, por supostos senhores do crime, a desviar US$ 42.000 diariamente on-line, e disseram que foram espancados quando não atingiam essa meta.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">E os golpistas estão ficando mais sofisticados, usando inteligência artificial para enganar corporações.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em Hong Kong, um funcionário financeiro de uma empresa multinacional foi persuadido a pagar US$ 25 milhões para fraudadores usando tecnologia de IA deepfake para se passar por diretor financeiro da empresa em uma videoconferência, de acordo com a polícia local. Não se sabe onde os golpistas estavam baseados ou o destinho da quantia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">CNN</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-20866406002724698072024-03-29T00:02:00.001-03:002024-03-29T00:02:42.072-03:00 Bajulação envergonhada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCu3UtmpqTKo04vAUaYghRHPb1I9B0sGaBzoA61KOmUwsY2QSwgO_1QFCihXvg2YENh5HmFoP_NiLI-T4oimDtKoRYx6ISW_3MGMCOJoEqGVlrzA4uO1Lc_d_HGRCV2n_AW-j-_WQ30DYQ6bBmu2dTKypJuaNFvn65hEy6exl4vhsfPtOtxJYFHL0JmX4/s766/20231023160258_ligacao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="514" data-original-width="766" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCu3UtmpqTKo04vAUaYghRHPb1I9B0sGaBzoA61KOmUwsY2QSwgO_1QFCihXvg2YENh5HmFoP_NiLI-T4oimDtKoRYx6ISW_3MGMCOJoEqGVlrzA4uO1Lc_d_HGRCV2n_AW-j-_WQ30DYQ6bBmu2dTKypJuaNFvn65hEy6exl4vhsfPtOtxJYFHL0JmX4/s16000/20231023160258_ligacao.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ao enviar uma carta para Vladimir Putin, governo Lula mostra que quer seguir apoiando o ditador, mas sem ter de arcar com as repercussões negativas no Brasil e no exterior. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Duda Teixeira </i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ao parabenizar o ditador Vladimir Putin pela fraude eleitoral que acabou no dia 17 de março, o governo brasileiro adotou um método diferente, envergonhado. Em vez de publicar uma nota oficial, como se faz tradicionalmente, o presidente Lula enviou uma carta para o Kremlin, cumprimentando o ditador pela sua vitória. O teor da mensagem não foi divulgado.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Notas anódinas são uma prática corriqueira no Itamaraty. Desde que Lula assumiu o Palácio do Planalto, no início de 2023, o Brasil enviou cumprimentos para os vencedores das eleições no Congo, na Guatemala, em Bangladesh, no Egito, no Equador e na Guiné-Bissau. O fato de que Lula e o seu assessor especial Celso Amorim tenham escolhido outro método após a fraude eleitoral russa, contudo, revela um cálculo político, ao mesmo tempo que confirma as posições antigas em política externa do PT.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A carta de teor desconhecido para Putin indica que o governo quer evitar repercussões negativas no Brasil. Três pesquisas de opinião pública divulgadas nas últimas semanas apontaram queda na aprovação do governo (leia matéria de capa nesta Crusoé). Entre as áreas mais criticadas está a diplomacia e (especialmente os ataques verbais de Lula a Israel). Nesse cenário, soltar uma simples nota burocrática poderia cavar ainda mais fundo o poço da desaprovação ao atual governo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em outros momentos sensíveis, os petistas também foram espertos ao esconder suas simpatias. Foi assim no final de 2021, quando Lula começava a se apresentar como rival de Jair Bolsonaro para disputar as eleições presidenciais do ano seguinte. Em novembro daquele ano, o PT apagou uma nota em que saudava a eleição de Daniel Ortega, na Nicarágua. Sete candidatos de oposição foram presos antes do pleito. Em fevereiro do ano seguinte, o site do PT no Senado apagou uma publicação nas redes sociais em que criticava os Estados Unidos pela invasão russa da Ucrânia, que ocorrera dias antes.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ao escamotear o conteúdo da carta, Lula tenta evitar uma deterioração maior de sua imagem. O impacto teria tudo para ser grande, pois a nota oficial coincidiria com o exato momento em que Putin consolida a sua ditadura (a partir deste momento, Crusoé e O Antagonista passarão a chamar Putin sempre de ditador).</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Putin já está há 25 anos no poder, e logo baterá o recorde de Josef Stalin no Kremlin. Assim como o líder soviético, o modelo de Putin passa pela submissão dos outros Poderes, pela eliminação de adversários, pela limitação das liberdades, pela centralização, pela paranoia, por guerras e ameaças“, diz o cientista político Márcio Coimbra, presidente do Instituto Monitor da Democracia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Com a cartinha secreta, Lula também busca prevenir um desgaste externo. Após a fraude na Rússia, em que todos os candidatos verdadeiramente de oposição foram proibidos de participar, exilados ou assassinados, os governantes europeus criticaram abertamente Putin. A União Europeia disse que os eleitores não tiveram um pleito imparcial e independente. “Um apoio expresso ao Putin seria mal visto pela opinião pública e por aliados, e enfraqueceria ainda mais a imagem de Lula, no Brasil e no exterior“, diz Dorival Guimarães Pereira Jr., professor de Relações Internacionais da Skema Business School, em Belo Horizonte.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As poucas mensagens pró-Putin que escaparam do controle do Planalto foram amplamente rejeitadas, porque baseadas em mentiras evidentes. Da Cisjordânia, o ministro de Relações Exteriores Mauro Vieira disse que a votação ocorreu “em clima de tranquilidade doméstica” e com “observadores internacionais“. Mas monitores independentes de outros países não puderam acompanhar a eleição. O secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira, divulgou uma nota falando que o povo votou voluntariamente. Mas funcionários públicos não tiveram opção.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Que ninguém se engane: embora o Brasil não tenha publicado uma nota oficial sobre a eleição de Putin, o apoio ao ditador continua firme e forte. Desde 2022, o petista tentou culpar a Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan, e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pela invasão russa da Ucrânia. Também insistiu que Putin não seria preso no Brasil, apesar de o Tribunal Penal Internacional ter expedido um mandado de prisão contra o russo por crimes contra a humanidade. E Lula ainda fez malabarismos para não culpar Putin pela morte do opositor Alexei Navalny em uma colônia penal na Sibéria.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Nenhuma dessas posições passou por qualquer correção moral ou de princípios. O que mudou é que Lula e Celso Amorim querem continuar apoiando ditadores, mas preferem evitar os ônus de suas amizades.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Revista Crusoé</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-47416294151345828562024-03-29T00:02:00.000-03:002024-03-29T00:02:19.947-03:00 Racha na esquerda: Maduro compra briga com governos do Brasil e da Colômbia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL9VmLP0MW0Z2sz1ZfSz3xlaGCTYYRAfMfRPZcuS80rl2ZbnjiyyMhrh7JqKlSnwVxKyot-KFRG_GnQlJgLj7u3oIC3JQknucr6rtmUnMQJIuhE_9r_STD6sDELbG4VUBtMAz7gjGn6qpWfZi9sC8pekaTqexReGaDqZWPTZ9kwniL6gTE7Jd3dRMD4Kg/s1646/fdssf.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="926" data-original-width="1646" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL9VmLP0MW0Z2sz1ZfSz3xlaGCTYYRAfMfRPZcuS80rl2ZbnjiyyMhrh7JqKlSnwVxKyot-KFRG_GnQlJgLj7u3oIC3JQknucr6rtmUnMQJIuhE_9r_STD6sDELbG4VUBtMAz7gjGn6qpWfZi9sC8pekaTqexReGaDqZWPTZ9kwniL6gTE7Jd3dRMD4Kg/s16000/fdssf.webp" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Gustavo, Maduro, Lula</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O tirano venezuelano responde com agressividade a notas cautelosíssimas de “preocupação” - é para valer ou foi tudo combinado? </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Vilma Gryzinski</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Nicolás Maduro quer briga. Ou quer parecer que está brigando contra “intervencionistas” vizinhos – justamente os mais amáveis e gentis diante dos abusos que precedem a farsa eleitoral de 28 de julho.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Quem vier opinar e se imiscuir nos assuntos internos da Venezuela receberá sua pancada. Chame-se União Europeia, da direita, a esquerda covarde, pancada pura”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ele também reclamou que ninguém condenou o que apresenta como conspirações e terrorismo da oposição, sua mais recente encenação. “Calam-se os governos de direita, e a esquerda covarde. Não são capazes de condenar os golpes contra a paz e a revolução”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Brasil e Colômbia, através de seus serviços diplomáticos, haviam manifestado “preocupação” depois da proibição da substituta de última hora e xará de María Corina Machado, Corina Yoris, uma professora de filosofia de 80 anos que, obviamente, não tem o carisma da líder oposicionista cassada. Mesmo assim, sua candidatura tampão pela Plataforma Unitária Democrática não pode ser protocolada no sistema.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Perseguir, proscrever e prender potenciais oposicionistas é uma prática consagrada pelo madurismo, mas até pelos padrões absurdamente tolerantes dos governos amigos de Lula da Silva e Gustavo Petro parece que foi demais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As declarações de ambos os países, tão cheias de dedos, foram igualmente taxadas de atos de ingerência que parecem “ter sido ditados pelo Departamento de Estado”. Uma acusação ridícula, mas Maduro evidentemente não tem a menor preocupação em evitar esse tipo de característica.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Militar assassinado</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As investidas contra aliados de esquerda repetem, embora em tom não tão exacerbado, a saraivada de ataques que a Venezuela normalmente faz contra Gabriel Boric, o presidente chileno também proveniente da extrema esquerda, mas pioneiro nas críticas aos abusos de Maduro e companhia. Quando dois colaboradores de María Corina foram presos, o governo Boric manteve a mesma linha e manifestou “firme condenação diante da detenção arbitrária de representantes de partidos políticos de oposição”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em tom muito mais categórico do que o dos diplomatas brasileiros e colombianos, a nota chilena dizia o óbvio: a prisão de oposicionistas “afeta seriamente a realização de eleições presidenciais democráticas, transparentes e livres, com participação plena de todos os candidatos e candidatas, contrariando os Acordos de Barbados endossados pela comunidade internacional”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Maduro obviamente rasga todos os dias os acordos assinados em outubro do ano passado, com suspensão de sanções dos Estados Unidos em troca de compromissos como a realização de eleições legítimas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Chile tem um problema adicional: lidar com o sequestro, assassinato por asfixia e ocultação do corpo numa mala enterrada sob laje de concreto de Ronald Ojeda, um ex-militar venezuelano que conseguiu fugir da cadeia e pedir asilo político no país. O sequestro foi filmado por câmeras de segurança e atribuído a delinquentes do Trem de Arágua (ou bonde, como se diria no Brasil), uma grande organização criminosa da Venezuela. O crime espalhou medo entre asilados venezuelanos, inclusive no Brasil.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">‘Jogo dos americanos’</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As esquerdas tradicionalmente têm enorme dificuldade para fazer autocrítica e, na América Latina, são contaminadas pelo antiamericanismo infantil. Acham, no caso dos que são dominados pela doutrina e não pelos princípios, que criticar a Venezuela é fazer o “jogo dos americanos”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Na verdade, é o oposto: a existência de um regime como o venezuelano, que multiplicou a miséria e a imigração em massa, é a melhor propaganda contra a esquerda que existe. Até as pessoas menos interessadas em acontecimentos políticos sabem que a Venezuela é um desastre e não querem ter nada a ver com ele.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Manual do autoritarismo</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Quem acreditou nos Acordos de Barbados passou vexame. Maduro vai ganhar a eleição sem concorrentes reais e dar risada da cara dos aliados a quem chama hoje de capachos dos Estados Unidos. É um show que ele sabe protagonizar muito bem e já está montando outra encenação: mandou arrancar fusíveis e cortar a energia elétrica da embaixada argentina em Caracas, onde seis oposicionistas pediram asilo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Criar inimigos externos é uma das jogadas mais consagradas do manual político do autoritarismo. Ele já tentou fazer isso ameaçando engolir mais da metade do território da Guiana, o chamado Essequibo e pode fazer de novo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Escreveu Héctor Schamis no Infobae: “Maduro tem diante de si a ‘opção Daniel Ortega’, com isolamento total e completa irracionalidade. Ou regressar a 2018, com uma eleição fraudulenta, sem reconhecimento internacional e seguida de uma usurpação do poder, poder que não pode abandonar. Em qualquer um dos dois casos, condenado a viver entre a solidão e o delírio”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Exceto, naturalmente, se os amigos resolverem, como já fizeram tantas vezes, fechar os olhos de novo e continuar tratando Maduro como “um dos nossos”, em vez de se descontaminar de sua proximidade tóxica.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Revista Veja</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-86651938873472897332024-03-28T23:59:00.001-03:002024-03-28T23:59:39.570-03:00 Macron sinaliza apoio a cooperação nuclear com o Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh0kpZEbEE6wEtgJKTMScTIHTKuW9NBxTEH327lteUyBOoEkggSsi6RzxqbEBDOvlBJltdHXQzexJ5_zWpJ1vghFQaub6y1FT6DsH7rnRBqe1-ltQedhl9aWeNH6xfgU21WJANrAwQE6FqtvZm4-VQ1m2eYNLl46sPH-8A3DZlbEeOzQQ1YX_K2ZYg0A8/s1110/68686808_906.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="624" data-original-width="1110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh0kpZEbEE6wEtgJKTMScTIHTKuW9NBxTEH327lteUyBOoEkggSsi6RzxqbEBDOvlBJltdHXQzexJ5_zWpJ1vghFQaub6y1FT6DsH7rnRBqe1-ltQedhl9aWeNH6xfgU21WJANrAwQE6FqtvZm4-VQ1m2eYNLl46sPH-8A3DZlbEeOzQQ1YX_K2ZYg0A8/s16000/68686808_906.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">O submarino Tonelero, da Marinha brasileira, produzido em cooperação com a França</span></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em visita ao país, presidente francês diz que pode ajudar Defesa, e fala em "projetos mais ambiciosos" no setor. Para ele, Brasil e França têm que falar com "firmeza e força" se não quiserem ser "lacaios" dos outros.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Após ouvir do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o Brasil quer construir um submarino com propulsão nuclear e desenvolver sua indústria de defesa para estar ao lado dos países que querem a paz, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira (27/03) que seu país está disposto a ajudar.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Quero que nós abramos um capítulo para novos submarinos", disse o francês ao participar da cerimônia de inauguração em Itaguaí, no Rio de Janeiro, do terceiro de cinco submarinos desenvolvidos em parceria com a Marinha do Brasil.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Macron, porém, ressaltou que a cooperação desejada pelo Brasil depende de garantias para o uso pacífico da energia nuclear. "Se você quiser, a França estará ao seu lado", afirmou o político a Lula no segundo dia de sua viagem pelo país.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Pelo atual acordo, o Brasil ainda construirá seu primeiro submarino de propulsão nuclear com a ajuda dos franceses, o Álvaro Aberto, tornando-se o primeiro país a fazê-lo além dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas – Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas a propulsão nuclear da embarcação está sendo concebida somente pelos brasileiros, e dificuldades orçamentárias atrasaram o projeto, que deve ser concluído entre 2036 e 2037, segundo a Marinha.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Brasília tem tentado convencer Paris a aumentar a transferência de tecnologia para ajudá-la a integrar o reator ao submarino e permitir a compra de equipamentos que possibilitem a propulsão nuclear. A França, porém, tem relutado em ceder nesses pontos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Defesa forte como dissuasão</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ao defender a construção do submarino com propulsão nuclear para a Marinha brasileira, Lula disse que o país quer desenvolver sua indústria de defesa para estar ao lado dos que querem a paz.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Segundo o petista, o Brasil quer dominar a tecnologia nuclear "não para fazer guerra", mas "para garantir a todos os países que querem paz, que saibam que o Brasil estará ao lado de todos", e que o país precisa de Forças Armadas "altamente qualificadas, preparadas e equipadas" para garantir a paz quando necessário.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Para Lula, a parceria militar franco-brasileira "mostra o interesse do Brasil em alcançar maior autonomia estratégica diante dos inúmeros conflitos que surgiram no mundo", e uma defesa forte é, também, garantia em caso de "animosidades contra o processo democrático".</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Macron, por sua vez, sinalizou interesse em estreitar a cooperação militar entre os dois países e "lançar projetos mais ambiciosos" nas próximas décadas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Queremos que Brasil e França sejam grandes e poderosos porque a situação no mundo nos preocupa. E essa preocupação é também um pretexto para uma ambição ainda maior em que França e Brasil possam cooperar a serviço do mundo", disse.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Brasil e França têm que falar com firmeza se não quiserem ser lacaios dos outros"</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Sem mencionar nenhum conflito específico, Macron ressaltou que os dois países têm "a mesma visão do mundo" e se recusam a ser prisioneiros da disputa entre duas potências. Defendeu ainda que nações do porte da França e do Brasil têm que falar com "firmeza e força", se não quiserem ser "lacaios" de outras nações. "Temos de defender nossa independência, nossa soberania e o direito internacional."</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O contrato que o Brasil assinou com o estaleiro estatal francês DCNS para a produção dos cinco submersíveis exigiu um investimento de R$ 40 bilhões e inclui ainda a construção de um complexo industrial e de uma base de apoio às operações dos submarinos em Itaguaí. A parceira atual prevê a completa transferência de tecnologia apenas para submarinos convencionais como o Tonelero lançado nesta quarta – que deverá ajudar a patrulhar a costa brasileira.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Com a transferência de tecnologia prevista na parceria com a França, o Brasil terá ampliada a capacidade de projetar, construir, operar e manter seus submarinos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Clima amistoso</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Essa é a primeira visita de um chefe do Executivo francês ao país em mais de dez anos – a última havia sido em 2013, sob o socialista François Hollande.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A viagem ocorre após um período de distanciamento com a instabilidade política no Brasil a partir de 2015 e o clima de franca animosidade durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Nas imagens que circularam até agora da visita, clicadas pelo fotógrafo oficial do Planalto, Ricardo Stuckert, nota-se um clima amistoso entre Macron e Lula – tal que internautas fizeram piada sobre elas lembrarem um ensaio de fotos pré-nupcial.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Paris celebrou abertamente o retorno de Lula ao poder a partir das eleições de 2022. No ano anterior, num recado claro a Bolsonaro, Macron chegou a receber Lula em Paris com um protocolo reservado a chefes de Estado, mesmo que à época Lula fosse apenas pré-candidato à Presidência.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">No entanto, Macron e Lula ainda mantêm divergências em vários temas, como o acordo Mercosul-União Europeia e a Guerra na Ucrânia, por exemplo – dois assuntos que, até agora, não parecem ter sido discutidos entre os dois.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Sustentabilidade</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A agenda de Macron, de três dias, começou na terça em Belém do Pará, com o anúncio de planos para criação de uma unidade de conservação nacional entre o Brasil e a Guiana Francesa, território ultramarino francês na fronteira com o Amapá.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O projeto, que deverá ter um investimento de 2 bilhões de dólares (R$ 9,96 bilhões) deve ser um centro de referência para a pesquisa científica voltada para o desenvolvimento sustentável.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Macron e Lula também lançaram um programa para levantar 1 bilhão de euros (cerca de R$ 5,4 bilhões) em investimentos públicos e privados dentro de quatro anos para projetos de bioeconomia (economia sustentável) na Amazônia Legal brasileira e, também, na Amazônia da Guiana Francesa. A ação faz parte do Plano de Ação sobre a Bioeconomia e a Proteção das Florestas Tropicais, assinado pelos dois países.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Macron embarca para São Paulo na noite desta quarta, onde deve encontrar empresários franceses durante o Fórum Econômico Brasil-França, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Depois, participa de um jantar com artistas e personalidades da cultura brasileira, incluindo o cantor e compositor Chico Buarque.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Nesta quinta, Macron embarca para Brasília, onde será recebido com honras de chefe de Estado e se reunirá com Lula no Palácio do Planalto. Ali, os dois devem discutir temas como a reforma das instituições multilaterais e as guerras na Ucrânia e em Gaza.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Deutsche Welle</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-58688203396497235942024-03-28T23:59:00.000-03:002024-03-28T23:59:12.573-03:00 Com Lula apoiando Putin e Maduro, não existe mais vida inteligente no Itamaraty<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDY0BOcPhPOkZ8FaAjezUHCCpiSaUuULbe1dI6YfYNBgfMKHnYy3UFtoWMXupm2HTGDh81lybAlblIcuhcYy_L0Z2TNHR0jTe-fCqUsa27xbxuoOZJGN1QmtRZLS8ELy1RMM5BcPkzsgLfhSJl9mKxwgELFuSzgeKS34cSSHLJjsIr5g0OIHnLUpllK9Y/s720/dsc_2497.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="720" height="392" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDY0BOcPhPOkZ8FaAjezUHCCpiSaUuULbe1dI6YfYNBgfMKHnYy3UFtoWMXupm2HTGDh81lybAlblIcuhcYy_L0Z2TNHR0jTe-fCqUsa27xbxuoOZJGN1QmtRZLS8ELy1RMM5BcPkzsgLfhSJl9mKxwgELFuSzgeKS34cSSHLJjsIr5g0OIHnLUpllK9Y/w640-h392/dsc_2497.webp" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por J.R. Guzzo (foto)</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Depois de bajular durante um ano e três meses a ditadura e o ditador da Venezuela, o governo Lula, finalmente, resolveu dizer alguma coisa diante da selvageria cada vez mais perversa do regime de seu aliado e amigo. A ditadura que Lula descreve como “democracia” (do tipo relativo) porque tem, segundo ele, “mais eleições que o Brasil”, chegou a um novo fundo do poço em matéria de tirania: proibiu mais uma candidata de disputar as próximas eleições presidenciais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Já tinha eliminado uma outra candidata antes dela, e outros ainda antes, dentro do “apartheid” político permanente da ditadura Chávez-Maduro – assim como na antiga África do Sul os negros não tinham direitos civis, na Venezuela de hoje os cidadãos não têm direito de votar na oposição, e nem de abrir a boca.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">ELEIÇÃO SUJA – Foi mais um tapa na cara do Brasil. Maduro tinha prometido ao governo brasileiro, e a outros, que desta vez haveria eleições limpas. Está fazendo a eleição mais suja de todas as que falsificou até agora.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Como tudo que se faz no governo Lula, a reação à fraude explícita da próxima eleição venezuelana foi atrasada, medrosa e malfeita. Não se encontra na nota que o Itamaraty divulgou sobre a questão um único átomo de coragem moral, ou de decência comum – é um murmúrio mole e em voz baixa dizendo que o Brasil vê com “preocupação” o roubo da eleição e lembra que não foi isso o que a Venezuela combinou em recente tratado internacional.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A nota se apressa, é claro, em condenar qualquer “sanção” à ditadura de Nicolás Maduro por causa da sua fraude eleitoral anunciada – fica parecendo, até, que a real preocupação do governo brasileiro não é com a trapaça, e sim com o bem-estar futuro da tirania.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">BAIXOS TEORES – A vida inteligente foi banida no Itamaraty desde o primeiro dia do governo Lula, como se constata, mais uma vez, pelos baixos teores de qualidade da nota publicada sobre o caso. Não é assim que se trabalha numa diplomacia profissional; é indispensável, no fim das contas, haver um mínimo de princípios naquilo que uma nação apresenta ao mundo como a sua postura oficial.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas o Brasil de hoje não tem mais o que se chama “política externa”. Tem só o angu de ideias mortas e de desejos juvenis confusos que saem das cabeças de Lula, de Janja e do chanceler-chefe Celso Amorim. Um dos produtos dessa maçaroca é a fixação com a ditadura de Venezuela; a sua defesa virou, aparentemente, a grande prioridade das relações externas do Brasil.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O ponto mais baixo a que se chegou nesta descida do governo ao submundo da delinquência internacional foi a última manifestação de Lula sobre as eleições de Maduro.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“FICAR CHORANDO” – Quando o ditador cassou, sem nenhuma razão minimamente legal, a candidatura da sua opositora Corina Machado, Lula disse que ela não deveria “ficar chorando” – tinha mais é de arranjar um outro nome para concorrer em seu lugar.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Há dois problemas insolúveis com essa declaração. O primeiro é que Corina fez exatamente o que Lula disse para fazer, e conseguiu tornar viável uma outra candidata para disputar com Maduro – aliás, com um nome igual ao seu. Resultado: essa outra candidata também foi proibida de concorrer.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O segundo é que Lula quis se exibir como herói. Disse que também ele não pode concorrer à eleição de 2018, mas teve a grandeza de indicar outro nome. Esqueceu de dizer que Corina foi eliminada por uma violência da ditadura – e que ele não concorreu porque estava na cadeia, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">LINCHAMENTOS – É tudo uma contrafação sórdida. O Itamaraty fala da sua “preocupação” com o linchamento da segunda candidata da oposição. Mas porque não se preocupou com o linchamento da primeira – essa que Lula decidiu desprezar em público?</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A situação e a ditadura eram exatamente as mesmas. O balanço final de tudo isso é que o Brasil se junta, mais uma vez, à facção das ditaduras que apoiam Maduro e contra as democracias que condenam o seu regime. Espera-se agora pelo dia da eleição.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O ditador vai ganhar, porque só ele é candidato – e aí, o Brasil vai cumprimentar o “eleito”? Acaba de cumprimentar Putin e a sua vitória com 90% dos votos. É onde foi parar a política externa brasileira.</span><span style="color: #660000; font-size: x-large;"> </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Estadão / Tribuna da Internet</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-75815411379274898822024-03-28T23:56:00.001-03:002024-03-28T23:56:51.912-03:00 Rússia financiou rede de propaganda anti-Ucrânia na Europa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK9-Jta1vG6MbLmJT1AL4yGkKbq5hih6hXICava0qt2Mup9H0-ucNUwcDvcqjirhnL9DQpgsxHemaAl4RWa0K9pPpL2JSUt1PhABt5QE0nFxK5ab7hT_INicL9BwGwZ9v854RAvzKBYTyeDD-3XSGmvk2eCCZ9YJwCfpp2w5-lz1l5zZj1_YHYmU0jbkE/s2400/16446862666207ebba91ac4_1644686266_3x2_rt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="2400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK9-Jta1vG6MbLmJT1AL4yGkKbq5hih6hXICava0qt2Mup9H0-ucNUwcDvcqjirhnL9DQpgsxHemaAl4RWa0K9pPpL2JSUt1PhABt5QE0nFxK5ab7hT_INicL9BwGwZ9v854RAvzKBYTyeDD-3XSGmvk2eCCZ9YJwCfpp2w5-lz1l5zZj1_YHYmU0jbkE/s16000/16446862666207ebba91ac4_1644686266_3x2_rt.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A Rússia sob Putin é repetidamente acusada de usar propaganda para influenciar a opinião pública na Europa</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Inteligência tcheca descobre grupo que usava site de notícias com sede em Praga para divulgar informações favoráveis a Moscou. Com dinheiro russo, rede pagava políticos, incluindo membros da ultradireita alemã.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A inteligência da República Tcheca descobriu uma rede financiada pela Rússia para espalhar propaganda favorável a Moscou e exercer influência em toda a Europa, tendo contatos inclusive no Parlamento Europeu.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O grupo, revelado nesta quarta-feira (27/03) pelo primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, usava o site de notícias Voice of Europe, com sede em Praga, para divulgar informações que visavam desencorajar a União Europeia (UE) a enviar ajuda à Ucrânia na guerra travada pela Rússia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Segundo Fiala, o Serviço de Informações de Segurança da República Tcheca (BIS) descobriu que a rede pró-russa estava envolvida em atividades que "teriam um sério impacto sobre a segurança da República Tcheca e da UE".</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Esse grupo procurou realizar operações e atividades no território da UE que iam contra a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia", disse Fiala a repórteres. "A atividade do grupo [...] também atinge o Parlamento Europeu", acrescentou, sem dar mais detalhes.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A Rússia é repetidamente acusada de usar propaganda para influenciar a opinião pública na Alemanha e na Europa.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em postagens no X (antigo Twitter), o BIS confirmou que a rede era financiada por Moscou e operava em território tcheco.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"A operação do BIS revelou como a Rússia está exercendo influência no território dos Estados-membros da UE e como está tentando afetar os processos políticos em nossos países", escreveu o órgão na rede social.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O governo tcheco incluiu o Voice of Europe e dois políticos pró-Kremlin de origem ucraniana – Viktor Medvedchuk e Artem Marchevsky – em sua lista de sancionados em relação às atividades da rede.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Medvedchuk é um oligarca pró-Rússia que estaria por trás do Voice of Europe. Considerado um confidente do presidente russo Vladimir Putin, ele foi acusado de alta traição na Ucrânia, mas acabou indo parar na Rússia como parte de uma troca de prisioneiros.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Cooperação de políticos europeus</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Após a revelação pelas autoridades tchecas, a imprensa local passou a divulgar mais informações sobre o caso. O jornal Deník N informou que o Voice of Europe publicava declarações de políticos exigindo que a UE suspendesse a ajuda à Ucrânia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Segundo o veículo, Artem Marchevsky, sancionado por Praga ao lado de Medvedchuk, era o responsável pelo conteúdo do Voice of Europe e pela comunicação com esses políticos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Deník N afirma ainda que alguns dos políticos europeus que cooperaram com o site de notícias foram pagos com fundos russos – que, em alguns casos, também financiaram a campanha desses políticos nas eleições para o Parlamento Europeu, que ocorrem em junho de 2024.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os pagamentos vindos de Moscou foram dirigidos a políticos de Bélgica, França, Alemanha, Hungria, Holanda e Polônia, informou o jornal, citando uma fonte do Ministério das Relações Exteriores tcheco.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Segundo reportagem da revista alemã Der Spiegel, o dinheiro teria sido entregue em espécie ou pago em criptomoedas durante reuniões realizadas pessoalmente em Praga. Essas transações teriam chegado a várias centenas de milhares de euros, disse o veículo alemão.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Envolvimento de alemães</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O jornal Deník N informou que, no caso alemão, o partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) estaria envolvido na rede de propaganda russa.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">De fato, o principal candidato da AfD nas próximas eleições europeias, Maximilian Krah, deu várias entrevistas para o Voice of Europe. Ele confirmou isso em resposta a questionamentos da imprensa, mas negou ter recebido dinheiro em troca.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">É o mesmo caso de Petr Bystron, deputado do Parlamento alemão pela AfD e nascido na República Tcheca. Ele também concedeu entrevista ao Voice of Europe, mas disse não ter sido pago por isso.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Questionada sobre a rede, uma porta-voz do Ministério do Interior alemão disse que "esse caso é outro exemplo das atividades de influência extensas e abrangentes da Rússia".</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"A República Federal da Alemanha também continua sendo um alvo importante das operações de influência russa", disse ela à agência de notícias AFP.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"As autoridades de segurança alemãs continuarão usando todos os meios disponíveis e em cooperação com seus parceiros estrangeiros para investigar essas operações de influência e tomar medidas para evitá-las."</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Deutsche Welle</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-63793006854087325692024-03-28T23:56:00.000-03:002024-03-28T23:56:23.479-03:00 E o Hamas venceu - Editorial<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqyGQOVBm2RkaAL5i0_blu94ebg519uMSSjmP0UZmRf0DxmfpRGuKzAzaBy0ke1oHgG-7W9Rf6ExQTCd0hdPUSPg5pvajRWmKbHe3MjzCQJ7OLMrno3ihtfW_qzMqe5kS5ChW_Ge422dC5UicZiOF0ydYAB8rlpqMn6Mlnic_pEBWlc_SSPrM9UVPGTc0/s5000/TANAJV4SIBJAJIDKMUGWXYKNLU.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3333" data-original-width="5000" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqyGQOVBm2RkaAL5i0_blu94ebg519uMSSjmP0UZmRf0DxmfpRGuKzAzaBy0ke1oHgG-7W9Rf6ExQTCd0hdPUSPg5pvajRWmKbHe3MjzCQJ7OLMrno3ihtfW_qzMqe5kS5ChW_Ge422dC5UicZiOF0ydYAB8rlpqMn6Mlnic_pEBWlc_SSPrM9UVPGTc0/s16000/TANAJV4SIBJAJIDKMUGWXYKNLU.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O grupo terrorista que trucidou israelenses inocentes e usa crianças palestinas como escudos ganhou a guerra pela opinião pública e agora mina até a sólida relação dos EUA com Israel</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Por mais difícil que seja, na prática, conciliar o direito de defesa de Israel e os direitos humanos dos palestinos, os dois objetivos – maximizar a destruição militar e política do Hamas e minimizar a desgraça dos civis – não só são, em tese, compatíveis, como são indispensáveis. Aniquilar o Hamas fazendo de Gaza terra arrasada só aprofundará o caos que vomitará mais ressentimento, radicalismo e violência. Poupar os civis poupando o Hamas é um convite a mais agressões a Israel e opressão aos palestinos. Em ambos os casos o caminho para uma coexistência pacífica e próspera entre os dois povos será obliterado.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Israel começou a guerra com a solidariedade internacional e um consenso sobre seu direito de defesa. Em pouquíssimo tempo – horas até, em alguns casos – o 7 de Outubro foi esquecido e consolidou-se outro consenso: o de que a reação de Israel é “desproporcional”. Hoje Israel está isolado, e para grande parte da opinião pública global sua guerra é indefensável.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A recente resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre Gaza é paradigmática. É um sinal da disfuncionalidade da ONU que a resolução não tenha condicionado o cessar-fogo à libertação dos reféns; é um sinal de sua infâmia que não tenha condenado o Hamas; é um sinal do isolamento de Israel que seu principal aliado, os EUA, tenha retirado sua tradicional sustentação diplomática, abstendo-se. Israel vence batalhas militares, mas o Hamas vence a guerra política.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Um triunfo do Hamas, contudo, não será apenas o fracasso de Israel, mas do mundo e dos próprios palestinos. Ansioso por deter Israel, o mundo abandona a questão crucial: como derrotar um regime totalitário que oprime seu povo e quer exterminar os judeus e, no limite, subjugar todos os povos ao islã? Os dois objetivos – maximizar os danos ao Hamas e minimizar os danos aos palestinos – se mantêm indispensáveis, mas, em nome da paz e da prosperidade dos palestinos, o último eclipsou o primeiro, ameaçando a paz e a prosperidade de todos, incluindo os palestinos. Em nome de uma paz instantânea, mas ilusória, porque insustentável sem a justiça, o mundo está exercitando sua força para impedir Israel de vencer batalhas militares, quando deveria pressioná-lo a corrigir os rumos e vencer a batalha política.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Esta não é uma guerra convencional. O Hamas não quer simplesmente ser deixado em paz em Gaza. O grupo terrorista (e seu mandatário, o Irã) quer aniquilar Israel e para isso precisa excitar o ódio nos muçulmanos e a ojeriza no mundo contra os israelenses. Se o Hamas se preocupasse com a paz e a prosperidade dos palestinos, teria perseguido a solução de dois Estados. Se se preocupasse em proteger os civis, batalharia nas linhas de frente. Mas o Hamas torpedeou os Acordos de Oslo, desviou os recursos de Gaza para construir túneis e bases militares sob hospitais e escolas e usa a população não só como escudo, mas como camuflagem e munição humanas para sacrificar o máximo de civis. A morte de cada civil é atroz, mas nas condições desta guerra não só urbana, mas subterrânea e traiçoeira, a proporção de 1 soldado para 1,3 a 2 civis não é uma atrocidade de Israel, muito menos genocídio.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O verdadeiro crime de Israel não está na ação de seu Exército, mas na recusa do governo em prover suporte humanitário adequado, abrigo para os civis refugiados e ordem nos territórios ocupados, além de uma estratégia política e um canal de interlocução com os palestinos pacíficos, os árabes e todos que buscam reconstruir a Palestina e garantir a coexistência pacífica e próspera dos dois povos. A meta dos amigos da paz e da justiça deveria ser chamar os israelenses à razão e pressionar seu governo rumo a esses objetivos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Israel deveria pensar o seu futuro como os israelitas que, segundo o livro bíblico de Neemias, reconstruíram sua nação após o exílio da Babilônia: com uma espada em uma mão (contra o Hamas) e uma pá na outra (junto com os palestinos). É verdade que, sob risco existencial, Israel abandonou a pá e tomou a espada com as duas mãos. Mas atar as mãos de Israel sem abater o Hamas não trará mais paz, prosperidade e justiça. Só mais violência, miséria e iniquidade.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Estado de São Paulo</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-6732846962109784082024-03-28T23:50:00.000-03:002024-03-28T23:50:19.652-03:00 Gilmar despreza a lei e opina sobre Bolsonaro antes julgar os processos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH6x7ryHmvcMHwb2JQroHiwCjw7Ccnoz1FK433Gywwduq4-Y4yBbDhwLV3yk75jShLUZ4tK0MmpxY2Pl_W2jrR4hB1rDNJ9xp0CFtjxB8tpIvppLDtI716NE7YGtLu1Qi8HEgLOEQaGQnaQHHLWxXTYcYzJtCjq9yY9AarlbP0ekqdb5jL4i5ZxJ8TPls/s620/Gilmar--1-620x620.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="620" data-original-width="620" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH6x7ryHmvcMHwb2JQroHiwCjw7Ccnoz1FK433Gywwduq4-Y4yBbDhwLV3yk75jShLUZ4tK0MmpxY2Pl_W2jrR4hB1rDNJ9xp0CFtjxB8tpIvppLDtI716NE7YGtLu1Qi8HEgLOEQaGQnaQHHLWxXTYcYzJtCjq9yY9AarlbP0ekqdb5jL4i5ZxJ8TPls/w640-h640/Gilmar--1-620x620.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), tem feito uma série de críticas relacionadas a casos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As falas antecedem a chegada dos processos contra Bolsonaro e sobre golpismo à pauta de julgamentos da corte e levantam questionamentos já feitos anteriormente sobre possível prejulgamento e quebra da imparcialidade.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Mateus Vargas e Angela Pinho</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A Lei Orgânica da Magistratura Nacional veda aos magistrados “manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem”. Apesar disso, é improvável que Gilmar seja afastado do caso ou mesmo sofra qualquer sanção, avaliam especialistas, seja porque o STF jamais aceitou um pedido de impedimento ou suspeição de ministros, seja porque os casos mencionados pelos ministros estão ainda na fase de inquérito —o das milícias digitais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">IMPARCIALIDADE – O próprio Gilmar já teve a imparcialidade questionada no debate público ou em juízo por emitir opiniões antes do julgamento em outros casos, como o da nomeação do atual presidente Lula (PT) para ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff (PT) e na Lava Jato. Nunca chegou a ser afastado de um julgamento em razão disso.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em relação a Bolsonaro, o ministro afirmou em evento no dia 19 que houve um salto “de especulações para provas” ao comentar investigações que levaram a Polícia Federal a indiciar o ex-presidente no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Em se tratando das investigações gerais, e eu como um observador da cena já há muito tempo, raramente a gente teve avanços tão significativos”, afirmou. No mesmo evento, o ministro declarou que o Brasil superou “armadilhas ditatoriais”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">OUTROS COMENTÁRIOS – Ele já havia dito, no fim de fevereiro, que Bolsonaro teria feito uma confissão ao tentar explicar a origem da minuta golpista, elaborada contra as eleições de 2022, durante discurso feito em ato na avenida Paulista. “Parece [que foi uma confissão], que todos sabiam”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Entendo que o [ex-]presidente saiu de uma situação de possível autor intelectual para uma situação de potencial autor material de todo esse quadro, é isso que a investigação da Polícia Federal trouxe”, afirmou ainda o ministro na mesma entrevista, em que também criticou a ideia de anistiar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">No sábado (23), ele afirmou à CNN Brasil que a Polícia Federal ainda vai finalizar a investigação e que a Procuradoria-Geral da República irá avaliar o oferecimento de denúncia. Mas chamou de “brilhante” o trabalho policial no caso. “Temos que reconhecer, quando chega a esses filmetes das reuniões e revela, portanto, não é nada de suposição, é algo bastante documentado”, disse.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">TENTATIVA DE GOLPE – Declarações anteriores de Gilmar já se tornaram artilharia para os bolsonaristas. Apoiadores do ex-presidente retiraram de contexto uma frase do ministro para afirmar que ele tinha reconhecido que não houve tentativa de golpe na invasão das sedes dos Três Poderes.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Na declaração, em entrevista em 18 de janeiro de 2023 para o Jornal 2 e reexibida pelo Jornal da Tarde, ambos da emissora portuguesa RTP, Gilmar disse que “não houve, de forma muito clara, não se pode dizer, uma tentativa de golpe, não houve quem quisesse assumir o poder”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Ocuparam o Supremo Tribunal Federal, ocuparam o Palácio do Planalto e ocuparam parte do Legislativo (…) Mas, de qualquer forma, causaram um imenso tumulto, como nós estamos a ver e estamos a discutir inclusive no exterior, aqui em Portugal e em outros sítios.”</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">NINGUÉM COMENTA – Procurado, o STF não se manifestou sobre as declarações de Gilmar. Em janeiro de 2024, em declaração à agência de notícias AFP, ele atribuiu a Bolsonaro responsabilidade política sobre os atos de 8 de janeiro, e disse que a jurídica ainda estava em discussão.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“O que estava em jogo não era a dúvida que tivessem em relação à urna eletrônica. Era a busca de um pretexto para um caso de resultado desfavorável. Isso ficou muito evidente quando o Bolsonaro, depois do segundo turno, impugna o resultado das eleições só em relação as eleições presidenciais, e só onde ele havia perdido”, disse ele na mesma entrevista.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Cássio Casagrande, professor de direito constitucional da UFF (Universidade Federal Fluminense), avalia como graves falas públicas de Gilmar e outros ministros do STF sobre casos a serem julgados ou com opiniões que resvalam em questões políticas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">TRADIÇÃO CULTURAL – Especialista em direito comparado, ele ressalta que a postura contrasta com a de ministros da Suprema Corte dos Estados Unidos. “E lá não tem Loman [Lei Orgânica da Magistratura Nacional], é algo da própria tradição cultural”, afirma.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Casagrande lembra que a aclamada juíza da Suprema Corte americana Ruth Ginsburg divulgou nota dizendo-se arrependida após ter feito comentários negativos sobre Donald Trump, entre os quais um em tom jocoso de que, caso o marido dela estivesse vivo, iria querer se mudar para a Nova Zelândia se o republicano fosse eleito presidente.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Nós ainda não encontramos um mecanismo institucional para inibir essas extravagâncias”, diz Casagrande.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Nota do blog Tribuna da Internet – A essa altura do campeonato, chega a ser ridículo criticar Gilmar Mendes por irregularidades que tem cometido desde o momento em que entrou no Supremo. O ministro nunca ligou para regras, sempre foi assim, não é agora que irá mudar. O fato mais grave é que o Supremo está apodrecido. (C.N.) </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Folha de São Paulo / Tribuna da Internet</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-6549340713042320522024-03-28T23:46:00.002-03:002024-03-28T23:46:53.242-03:00 Intervencionismo de Lula afugenta os investidores - Editorial<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXULK4u0Pgpyd_4j89toHX-L3Y7bIn0NicVZJT8yvvUTBwFXc5EcgJbRKiZ5pI9cdK7y5oxpuCUkTuYStKitjOhYJejns7icWRxwGhZrlAOy1gimH5QZs5KEI0GMYeem9AXjTdaTzsMcopVY-lIYVH5R0aCCd6dWlh4eLpEEDnwUrKltv5tu1Jx4LA-eE/s960/lula-isaac-fontana-efe-960x540.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXULK4u0Pgpyd_4j89toHX-L3Y7bIn0NicVZJT8yvvUTBwFXc5EcgJbRKiZ5pI9cdK7y5oxpuCUkTuYStKitjOhYJejns7icWRxwGhZrlAOy1gimH5QZs5KEI0GMYeem9AXjTdaTzsMcopVY-lIYVH5R0aCCd6dWlh4eLpEEDnwUrKltv5tu1Jx4LA-eE/s16000/lula-isaac-fontana-efe-960x540.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Bolsa de Valores perdeu R$ 22 bilhões neste ano, e investimento direto já sofre com incerteza</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Brasil já paga o preço das investidas do governo federal sobre Petrobras, Vale e outras empresas. Declarações e atitudes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm levado investidores estrangeiros a abandonar o mercado de capitais brasileiro, onde é predominante a transação de empresas como Vale ou Petrobras. Desde o início do ano, eles já sacaram mais de R$ 22 bilhões da B3, maior volume para o período desde 2020. Nesta semana, um dos maiores bancos americanos recomendou em relatório a venda de ações de estatais brasileiras.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">É verdade que a debandada está ligada à dinâmica da economia global. Os juros ainda altos nos Estados Unidos atraem capital para o país, enquanto as dúvidas sobre o crescimento da China espalham incerteza sobre a demanda por commodities, afetando as previsões para países como o Brasil. No caso brasileiro, porém, o movimento também sofre a influência de um anabolizante: o intervencionismo do governo. A recomendação do banco americano é justificada pelo aumento dos riscos associados a ele. Há temor de efeitos negativos na gestão das companhias.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Não se trata de fantasia. No início de março, a Petrobras informou que não pagaria dividendos extraordinários aos acionistas, política adotada desde 2021. O presidente da petroleira, Jean Paul Prates, era favorável a pagar 50% do resultado extraordinário. Não demorou para que a ideia fosse derrubada no conselho da Petrobras, com as digitais de Lula. Ainda pior foi a tentativa de justificar a mudança. Em entrevista, Lula comparou o mercado a um dinossauro voraz. Para os investidores, ficou evidente que o ímpeto intervencionista não ficaria ali. Em um dia, a Petrobras desvalorizou-se em R$ 55 bilhões. Devido à desconfiança dos investidores, ela sempre foi cotada abaixo das maiores petrolíferas. Nos últimos tempos, esse desconto aumentou da média entre 30% e 34% para 44%.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O presidente já causara espanto no ano passado, quando tentou impor o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no comando da Vale, uma empresa privada. Mesmo depois de abandonar a ideia, Lula continuou tentando interferir na sucessão da mineradora, extrapolando suas atribuições.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Diante dos desmandos em governos anteriores, em particular petistas, o país criou “remédios” para evitar intromissões indevidas do governo no setor produtivo. Um deles foi a Lei das Estatais, com requisitos técnicos para a indicação a cargos de comando. O atual governo vem, contudo, tentando corroer esses mecanismos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mesmo os investimentos diretos no setor produtivo, cuja reação costuma ser mais lenta, já sofrem com a desconfiança que a gestão petista inspira no mercado externo. Em 2023, somaram US$ 62 bilhões (ou 2,85% do PIB), ante US$ 74,6 bilhões (3,82% do PIB) em 2022. Tais sinais deveriam fazer soar o alarme no governo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A taxa de investimento brasileira, de 16,5% em 2023, ainda é baixíssima para a necessidade do país, em torno de 25%. Não haverá como elevá-la sem capital privado. Por isso, em contraste com o que diz Lula, a comparação mais apropriada para o mercado de capitais não é um dinossauro, mas o adubo. Ao comprar ações de empresas brasileiras ou apostar recursos no país, os investidores dão um voto de confiança e ampliam a chance de crescimento. Decisões políticas erradas e declarações infelizes elevam a volatilidade, destroem valor e corroem esse otimismo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Globo</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-33776290374175049032024-03-28T23:46:00.001-03:002024-03-28T23:46:27.243-03:00 Maduro e Milei não dão bola para Lula<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJj6uvqnGI3c1SCpRWWTppKMCkyalNK_KEBwi39xHZPh5GnOi3A-DqkwA4igzCCbSO1Awa4lSE1b2pM1ClamMGaylgVqSoAPiP5m88fB4nzehIp1NTMk2hyiJtSM2Maym1UCefuc5Nn-qkx9Pn-LT-vKRJlvBUa-ChyTfpDZ7w0DPXEVUrEM0_XP61NzI/s680/William-Waack.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="680" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJj6uvqnGI3c1SCpRWWTppKMCkyalNK_KEBwi39xHZPh5GnOi3A-DqkwA4igzCCbSO1Awa4lSE1b2pM1ClamMGaylgVqSoAPiP5m88fB4nzehIp1NTMk2hyiJtSM2Maym1UCefuc5Nn-qkx9Pn-LT-vKRJlvBUa-ChyTfpDZ7w0DPXEVUrEM0_XP61NzI/w640-h302/William-Waack.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por William Waack (foto)</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Brasil tem tido grandes dificuldades em tomar conta e, na medida do possível, conduzir o que acontece no seu entorno imediato. Os problemas surgem pela confusão entre interesse nacional e interesse pessoal do presidente da República, e pelo desrespeito a postulados básicos de política externa.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Tanto em relação à Argentina como à Venezuela o governo agiu orientado por afinidades ou antipatias ideológicas, e está perdendo nos dois casos. Nos dois países resolveu “ajudar” forças políticas em contextos nos quais não dispõe de instrumentos efetivos de influência, na esperança de obter comportamentos “convenientes” de vizinhos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os resultados até aqui colhidos são evidentes em sua pobreza. Na Argentina o governo brasileiro tem de lidar com um “rival”, e o que poderia ser de interesse comum aos dois países está em segundo plano. Na Venezuela um governo “amigo” cria tensão internacional indesejável para o interesse brasileiro, seja por fraudar eleições, seja por cultivar ambições em relação a território de país fronteiriço.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Há uma forte ironia naquilo que une Javier Milei, o libertário de direita, e Nicolás Maduro, o ditador de esquerda. Ambos se dão em público ao luxo de eventualmente tratar a pontapés o que diz o governo brasileiro. Não estão sozinhos: há bastante tempo que nenhuma chancelaria na América do Sul perde muito sono com o que se pensa em Brasília.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O que torna a situação muito complicada para o Brasil não é só o fato de exercer nesta parte do planeta muito menos influência do que geografia e economia sugerem que o País poderia ter (e já teve). Argentina e Venezuela são exemplos da atração que polos opostos na política internacional exercem hoje sobre países de uma mesma região – desafio que o Brasil também enfrenta.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Caricatas ao não, as posturas de Argentina e Venezuela espelham um choque maior entre “aliança pró-ocidental” versus “eixo das autocracias”. No qual o Brasil está literalmente no meio: depende da exportação para autocratas sobretudo na Ásia e da importação de insumos (de Defesa e tecnologia do agro) das democracias ocidentais. Universo ao qual pertence por história e valores.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Essa noção de delicado equilíbrio é vital para uma potência regional média, como o Brasil, com escassa capacidade de projeção de poder. Como ensinam os clássicos das relações internacionais, a maior “proteção” que um país desse tipo pode alcançar está em alianças regionais que ampliem seu peso relativo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O que pressupõe pensamento estratégico, mobilização eficiente de recursos e, principalmente, direção e sentido dados por elites políticas e econômicas. Em gíria política chama-se isso de “pensar o país”. Estamos longe disso. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Estado de SãoPo Paulo</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-64552997824999722282024-03-28T23:45:00.000-03:002024-03-28T23:45:56.507-03:00 Rússia impõe na ONU fim do sistema de controle de sanções à Coreia do Norte<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJRSeWX_63XCq1BTSSI2SqZZ6iVsUOiG-lm5uzXsOkbZ6c1CENlCHWMGmyP2_9YtjIAUFqNc_BDbeSIOqIL2p8wmvWOSwNXQwKNo1-P3cfEjYdFJrB1TI9RORDarhogA61gxeP2UgcQeuWD3e8H8Pw-pNggf_MMTwpNrSfUOSoK2kNn8o6uw8ZNvWnysc/s768/aab8eb4154f806558650882fd91f01f8166a509d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="470" data-original-width="768" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJRSeWX_63XCq1BTSSI2SqZZ6iVsUOiG-lm5uzXsOkbZ6c1CENlCHWMGmyP2_9YtjIAUFqNc_BDbeSIOqIL2p8wmvWOSwNXQwKNo1-P3cfEjYdFJrB1TI9RORDarhogA61gxeP2UgcQeuWD3e8H8Pw-pNggf_MMTwpNrSfUOSoK2kNn8o6uw8ZNvWnysc/s16000/aab8eb4154f806558650882fd91f01f8166a509d.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Acusada pelo Ocidente de importar armas da Coreia do Norte, a Rússia impôs, nesta quinta-feira (28), o fim do sistema de acompanhamento das sanções da ONU contra Pyongyang e seu programa nuclear, uma decisão denunciada por vários membros do Conselho de Segurança. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Moscou vetou um projeto de resolução, que prorrogava por um ano o mandato do comitê de especialistas que supervisiona estas sanções e foi apoiado por 13 dos 15 integrantes da organização. A China se absteve. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"O que a Rússia fez hoje mina a paz e a segurança no mundo, tudo para promover um acordo corrupto selado por Moscou" com Pyongyang, reagiu Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado americano. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Desde 2006, a Coreia do Norte é alvo de sanções do Conselho de Segurança da ONU, relacionadas, sobretudo, a seu programa nuclear, e que foram reforçadas várias vezes em 2016 e 2017. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A partir de 2019, Rússia e China tentaram, em vão, convencer o Conselho a atenuar estas medidas, que não têm prazo de caducidade. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Neste contexto, Moscou considera que "o comitê continua concentrando seu trabalho em questões irrelevantes, que não estão à altura dos problemas que a península enfrenta", comentou o embaixador russo, Vassili Nebenzia. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Se houvesse um acordo para uma renovação anual das sanções, o mandato do comitê de especialistas faria sentido", disse, denunciando a negativa dos Estados Unidos e seus aliados a aceitar esta modificação. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">- "Admissão de culpa" -</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em seu último relatório, no começo de março, o comitê de especialistas ressaltou mais uma vez que a Coreia do Norte continua "burlando as sanções do Conselho de Segurança", em particular ao desenvolver seu programa nuclear, lançar mísseis balísticos, violar as sanções marítimas e os limites às importações de petróleo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Também apontou que havia começado a investigar "informações provenientes dos Estados-membros sobre o fornecimento, por parte da Coreia do Norte, de armas e munições convencionais" a outros países, particularmente a Rússia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Este veto não é um sinal de preocupação com o povo norte-corano ou a eficácia das sanções. Trata-se de que a Rússia obtenha a liberdade de violar as sanções em busca de armas para usar contra a Ucrânia", denunciou a embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Este veto "é, na verdade, uma admissão de culpa. Moscou não esconde mais sua cooperação militar com a Coreia do Norte (...), assim como o uso de armas norte-coreanas na guerra contra a Ucrânia", afirmou o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba. </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Em vista das tentativas reiteradas (da Coreia do Norte) de minar a paz e a segurança internacionais, o trabalho do comitê é mais importante do que nunca", afirmaram, em uma declaração conjunta, antes da votação, dez membros do Conselho, incluindo Estados Unidos, França, Reino Unido e Coreia do Sul.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Não pode haver nenhuma justificativa para o desaparecimento dos guardiões do regime de sanções", criticou o embaixador sul-coreano, Joonkook Hwang. "É como destruir as câmeras de vigilância para evitar ser surpreendidos com as mãos na massa". </span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Apesar de sua abstenção, a China apoiou as demandas russas para uma reavaliação das sanções.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"As sanções não devem ser inamovíveis, nem ilimitadas", afirmou o embaixador-adjunto de Pequim na ONU, Geng Shuang, ressaltando que estas medidas haviam "exacerbado as tensões" na península e tido um impacto "negativo" na situação humanitária.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">AFP / Estado de Minas</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-56157222709571630282024-03-28T23:44:00.001-03:002024-03-28T23:44:43.593-03:00 Deputados vão atacar Moraes, PF e STF pelas falhas comedidas no caso Marielle<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyaGs2Rud6GTz_q-aTCEvnwqO9uJoXiA6e9A8z6byDgRdBXziT8Q4EW8yaeAhhYjU9MMw8_x7eIJ5BdJ9OIqdT2BENS1rYXag9-bc42FXCuPU4GM9DSEI4kUzeGAcPw4kA2r6hwuIEWpEvYqUxpfHFKT0INqZusptGfjocSRxd9CL1byiAda23dBkp844/s774/1864273598-zpl6vfqvy5ggvjwsuo6hugqhva.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="436" data-original-width="774" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyaGs2Rud6GTz_q-aTCEvnwqO9uJoXiA6e9A8z6byDgRdBXziT8Q4EW8yaeAhhYjU9MMw8_x7eIJ5BdJ9OIqdT2BENS1rYXag9-bc42FXCuPU4GM9DSEI4kUzeGAcPw4kA2r6hwuIEWpEvYqUxpfHFKT0INqZusptGfjocSRxd9CL1byiAda23dBkp844/s16000/1864273598-zpl6vfqvy5ggvjwsuo6hugqhva.webp" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os irmãos Brazão, algemados, e o delegado sem algemas</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Carlos Newton</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação da morte da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, o próprio Supremo e a Polícia Federal vão sofrer duras críticas na próxima sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, dia 9, quando será discutida a licença para manter a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Um dos motivos é o fato de que a própria Polícia Federal ter reconhecido que se baseia exclusivamente nos depoimentos do réu confesso Ronnie Lessa, porque as investigações ainda não conseguiram encontrar provas cabais que corroborem as denúncias que envolvem o deputado, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e o delegado Rivaldo Barbosa, que era chefe de Polícia na época.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">DIZ A POLÍCIA FEDERAL – O pior é que a Polícia Federal reconhece não ter a menor possibilidade de encontrar essas provas materiais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Diante do abjeto cenário de ajuste prévio e boicote dos trabalhos investigativos, somado à clandestinidade da avença perpetrada pelos autores mediatos, intermediários e executor, se mostra bem claro que, após seis anos da data do fato, não virá à tona um elemento de convicção cabal acerca daqueles que conceberam o elemento volitivo voltado à consecução do homicídio de Marielle Franco e, como consequência, de seu motorista Anderson Gomes”, afirma o relatório, em seu linguajar pseudo-intelectual, que requer tradução simultânea.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Repita-se ad nauseam, como dizem os juristas: o próprio relatório que pede a prisão dos mandantes revela que não se conseguiu nem se conseguirá encontrar provas (“elemento de convicção cabal“) contra eles. Mesmo assim, foram feitas as prisões.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">EXPULSÃO – Quando expulsaram o deputado Chiquinho Brazão, os integrantes do partido União Brasil ainda não sabiam que a PF não encontrara evidências contra ele. Mas agora os membros da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara já têm pleno conhecimento do relatório policial e a sessão vai ferver.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, outro fato chocou os parlamentares, inclusive o presidente da Câmara, Arthur Lira. Quando desceram do avião da PF, na chegada a Brasília, o deputado federal e seu irmão, Domingos Brazão, estavam algemados, mas o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, que também é denunciado pela PF por envolvimento na morte da vereadora, estava sem algemas ao desembarcar.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Arthur Lira ficou furioso o ver as fotografias tiradas no aeroporto.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">NORMA LEGAL – É preciso haver confirmação da Câmara para a prisão ser mantida, determina expressamente a Constituição Federal.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O artigo 53, § 2º, diz que “a partir da expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os parlamentares deverão analisar a situação na Comissão de Constituição e Justiça. Depois, o caso segue para o plenário. A decisão é obtida por votação aberta, com maioria absoluta de votos, ou seja, mais da metade do colegiado (pelo menos 257 votos dos 513).</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">P.S. 1 – As expectativas são de que a prisão do deputado Chiquinho Brazão seja confirmada pela Câmara. Mas haverá críticas pesadas ao relator Moraes, por desprezar a Constituição e prender um deputado federal sem flagrante – e sem provas materiais. E a crise entre Congresso e Supremo torna-se cada vez mais grave.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">P.S. 2 – Fica parecendo que o ministro Ricardo Lewandowski mandou encerrar a investigação antes de concluída, para encenar esse espetáculo midiático e relegar ao esquecimento o fracasso da fuga dos chefões do PCC que estavam no presídio de segurança mínima, e pensavam que era máxima. (C.N.)</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Tribuna da Internet</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-61003881283979269332024-03-28T23:44:00.000-03:002024-03-28T23:44:24.289-03:00 Vilas ucranianas sentem força da guerra enquanto Putin propõe ‘zona sanitária’<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAn9B-kt0qaJ7bH7acL7680UnIKfcekW6FS8i7LfJmdHoQ0AK7bY9Wrax5xp5UHnB5VDolZ3uz0IB41YEb7W83Mn59rOAxV6EL-Fhb4kL3nG6AsxcHd6kI5OU1nVetQIBuL9n6ji7oFnh6oi0afxzbZqHhtycz-ZRPwsjgsCbqwGQizlIJYYRb0GrRrh8/s959/Ataque-Sumy.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="959" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAn9B-kt0qaJ7bH7acL7680UnIKfcekW6FS8i7LfJmdHoQ0AK7bY9Wrax5xp5UHnB5VDolZ3uz0IB41YEb7W83Mn59rOAxV6EL-Fhb4kL3nG6AsxcHd6kI5OU1nVetQIBuL9n6ji7oFnh6oi0afxzbZqHhtycz-ZRPwsjgsCbqwGQizlIJYYRb0GrRrh8/s16000/Ataque-Sumy.webp" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ucranianos removem escombros de local destruído por ataque aéreo russo na região de Sumy</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Andy Carey e Olga Voitovych</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Retirada! De civis da vila de Luhivka.” Sem fôlego, o policial Dmytro Piddubnyi está gravando a cena em seu telefone e fornecendo um comentário. Mas ele também está trabalhando, e a idosa da frente está andando devagar.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Vovó, vamos lá! Vamos lá, vamos lá, querida, vamos lá!” Há duas explosões à distância, provavelmente uma peça de artilharia disparando.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Luhivka, na região de Sumy, nordeste da Ucrânia, fica a poucos quilômetros da fronteira com a Rússia. Em comum com dezenas de pequenas cidades e aldeias ao longo da fronteira, a área tem visto um aumento significativo de ataques nas últimas duas semanas, trazendo a angústia da guerra e suas escolhas impossíveis de volta para as pessoas que vivem lá.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A velha, uma bengala em sua mão direita, pega o ritmo em alguns passos, depois desacelera novamente. Ela murmura algo inaudível, um apelo talvez ao jovem policial para mostrar alguma compreensão de sua idade. Ela está fazendo o seu melhor.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Piddubnyi balança o telefone para mostrar os danos na ponte que estão atravessando. Foi atingida por um míssil russo, mas uma estreita faixa de concreto permanece intacta, o que permite que eles atravessem o rio e se dirijam aos veículos que os levarão a um lugar mais seguro.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Na direção oposta, do outro lado da fronteira, os militares da Ucrânia intensificaram suas tentativas de “trazer a guerra” para a Rússia, em coordenando com voluntários russos lutando pela Ucrânia enquanto realizam ataques em estilo de comando em aldeias nas regiões de Belgorod e Kursk, bem como aumentar a sua própria artilharia e ataques de drones.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Vladimir Putin, após a vitória esperada em uma eleição presidencial amplamente desacreditada no início deste mês, levantou a perspectiva pela segunda vez sobre a possibilidade de criar uma “zona sanitária” dentro da Ucrânia para proteger as regiões do sudoeste da Rússia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A CNN falou por telefone com pessoas que vivem no lado ucraniano da fronteira, ou com parentes que vivem lá.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Olha Mykhailivna, de 58 anos, disse que sua aldeia de Ryzhivka foi subitamente atacada por foguetes Grad em 12 de março – e que foi pior do que qualquer coisa que ela tinha visto desde que a guerra chegou à região de Sumy há mais de dois anos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“O bombardeio não parou o dia todo. Eles estavam atirando de todos os tipos de armas. Nós estávamos escondidos nos porões. Nós saíamos por alguns minutos para alimentar nossos animais e depois voltávamos para dentro. Era interminável”, disse ela.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Após três dias de bombardeio, Olha Mykhailivna e seu marido concordaram em sair. Quando o carro para pegá-los parou, ela disse, houve uma explosão do outro lado da rua. No caos e na pressa, eles pegaram seu cachorro, mas deixaram para trás as malas que haviam cuidadosamente feito.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Eles também deixaram o gado para trás. Então, eles pediram aos dois homens que os estavam ajudando a sair do local se eles poderiam deixar os animais fora do celeiro ao retornaram à vila e colocar comida para eles. Caso contrário, amarrado, o gado poderia morrer de fome.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Vivemos em Ryzhivka toda a nossa vida. Tanto meu marido quanto eu nascemos lá. É a nossa casa. Nós mesmos construímos a casa. Queríamos que nossos filhos tivessem um lugar para visitar. E então o urso entrou na casa. É muito difícil e assustador ficar sem casa na minha idade”, disse ela.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O urso, claro, é a Rússia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Iryna Mishchenko contou à CNN sobre sua avó. Depois de enterrar seu filho de meia-idade no quintal em frente a sua casa, porque não havia nenhuma maneira de remover o corpo depois que ele foi morto em um ataque de artilharia, a idosa de 75 anos eventualmente deixou a aldeia de Popivka a pé, caminhando pelos campos para chegar à estrada principal. Lá, ela pegou emprestado um telefone de um estranho e ligou para a neta.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Nós a pegamos no ponto de ônibus perto da vila de Yizdetske. Agora a vovó está conosco em Sumy, mas ela não pode realmente falar no momento, ela não está bem depois do que ela passou”, disse Mishchenko.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">De acordo com o governador regional de Sumy, Volodymyr Artiukh, até 90% dos edifícios de Popivka foram destruídos e se tornaram os assentamentos mais atingidos ao longo da fronteira. A frequência de ataques desde o início do ano é de duas a três vezes maior do que era em 2023, diz Artiukh, e os tipos de munições usadas são mais destrutivas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mais de 100 bombas aéreas guiadas – que geralmente carregam um peso mínimo de 500 kg – estão sendo lançadas a cada semana na região de Sumy, disse o governador à Radio Liberty. Estas munições, mais do que tudo, são responsáveis por grande parte da recente devastação.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“O exército russo está tentando queimar nossas vilas fronteiriças”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na semana passada, referindo-se também a um aumento de ataques por grupos de sabotagem e reconhecimento que cruzaram a fronteira enviados pela Rússia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Na verdade, a Ucrânia também tem feito quando se trata de tornar essas regiões fronteiriças uma zona de combate ativo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em coordenação com a Diretoria de Inteligência de Defesa de Kiev, várias legiões voluntárias de russos lutando pela Ucrânia intensificaram seus próprios ataques às vilas fronteiriças da Rússia nas últimas semanas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Uma das aldeias, Kozinka, na região russa de Belgorod, fica a poucos quilômetros de Luhivka, com sua ponte destruída, e Popivka, onde a avó de Mishchenko enterrou seu filho.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os combatentes russos pró-Curdistão postaram vários vídeos em seus canais no Telegram em que mostram ataques de drones contra soldados russos pró-Curdistão em Kozinka. As imagens mostram uma destruição generalizada na aldeia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O principal funcionário de Moscou na região, o governador Vyacheslav Gladkov, reconheceu que Kozinka e as áreas do entorno estão “muito seriamente danificadas.”</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">No centro regional de Belgorod, uma cidade russa com uma população de mais de 300 mil habitantes, que fica a apenas 40 km da fronteira, um repórter da Reuters disse que as sirenes dos ataques aéreos se tornaram uma ocorrência quase diária.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A Ucrânia aumentou significativamente os ataques de artilharia e drones contra a cidade, forçando as autoridades a fechar escolas e shopping centers. As retiradas de comunidades deste lado da fronteira também foram anunciadas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Não é a primeira vez que Kiev aquece a região de Belgorod. Ataques transfronteiriços semelhantes ocorreram em maio passado, nas semanas que antecederam a contra-ofensiva fracassada da Ucrânia, mas não provocaram a escalada de ataques de represália na região de Sumy vista desta vez.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O pretexto para os últimos ataques dentro da Rússia foi retardar os planos de ofensivas de Moscou na Ucrânia, disse um dos líderes voluntários russos pró-curdos na semana passada em uma entrevista coletiva. O objetivo também era tirar o brilho da vitória eleitoral de Putin.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mesmo que o líder da Rússia possa parecer insensível a pequenos contratempos militares, seus comentários na semana passada após o anúncio de sua vitória nas eleições sugerem uma possível intenção de forçar a submissão das áreas fronteiriças da Ucrânia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Eu não descarto isso… que seremos forçados em algum momento, quando considerarmos apropriado, a criar uma certa ‘zona sanitária’ nos territórios de hoje sob o regime de Kiev”, disse ele.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Putin lançou a ideia de uma zona tampão em junho passado, quando discutiu o progresso da guerra com correspondentes militares russos em uma reunião no Kremlin.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Reconhecendo as limitações do fogo de contrabateria na repressão aos ataques, ele disse que a Rússia pode no futuro precisar controlar uma zona de fronteira dentro da Ucrânia que colocaria o território russo fora do alcance da artilharia ucraniana.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mesmo descontando os territórios ocupados pela Rússia – e Belarus – a fronteira da Ucrânia com a Rússia se estende por muitas centenas de quilômetros.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Oleksiy Melnyk, analista de segurança do Centro Razumkov de Kiev, minimizou a viabilidade de qualquer zona, dizendo à CNN que também precisaria chegar a 70 km dentro da Ucrânia se fosse descartar ataques de artilharia de foguetes.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Para pessoas que não estão muito bem informadas, parece uma boa ideia”, disse ele.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Na verdade, a ideia de uma possível zona tampão mostrou que Putin não tem propostas sobre como acabar com o conflito, disse Melnyk, além de capturar e desarmar toda a Ucrânia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">CNN</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-44927549298840755292024-03-28T23:43:00.002-03:002024-03-28T23:43:43.474-03:00 Poderes em disputa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw-v-S6DSGT4MAuXK-I5UAl6zXXhyKwV0821WcMJEPW5q_m-XgYE59iwLdhJyC158cgsyiKFQ8ZmkwetQIYPrG7ZU3zeHSuozIBQmoqxCugJeKBskfpG0e1p07p_1OTVM31ZJlPQh_cVuz5dFVn_FnsprdJHrnMJTIYGJu8BikhHe9QyPt35VHhkVfDUg/s600/fsdfsdfsd.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="600" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw-v-S6DSGT4MAuXK-I5UAl6zXXhyKwV0821WcMJEPW5q_m-XgYE59iwLdhJyC158cgsyiKFQ8ZmkwetQIYPrG7ZU3zeHSuozIBQmoqxCugJeKBskfpG0e1p07p_1OTVM31ZJlPQh_cVuz5dFVn_FnsprdJHrnMJTIYGJu8BikhHe9QyPt35VHhkVfDUg/w640-h640/fsdfsdfsd.webp" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A Câmara dos Deputados adia a análise da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão à espera de entender para que lado o vento sopra</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Merval Pereira (foto)</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Vivemos uma situação esdrúxula, em que os Poderes se digladiam para marcar posição, interferindo em processos delicados como o do assassinato da vereadora Marielle Franco. A Câmara dos Deputados adia a análise da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão à espera de entender para que lado o vento sopra, torcendo para que dados novos possam dar elementos para contestar as acusações do relatório do Supremo Tribunal Federal (STF) — leia-se Alexandre de Moraes — baseado nas investigações da Polícia Federal, com poucas provas e muitas ilações e indícios.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os deputados federais estão ansiosos para demarcar território diante do Supremo, ainda mais agora que a pesquisa de opinião do Datafolha mostrou uma melhoria na avaliação do trabalho dos parlamentares. Estão convencidos de que o enfrentamento com o Supremo os beneficia. Ao mesmo tempo, temem aparecer diante da opinião pública como defensores de milicianos e assassinos de aluguel.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Como o caso em pauta é dos mais delicados, precisam ter certeza de que não assumirão o corporativismo numa luta política inglória. O mais provável é que aceitem a decisão do Supremo. De qualquer maneira, o adiamento da decisão já foi uma reação, pois o STF estimava que a prisão fosse aprovada rapidamente.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Por seu lado, a Polícia Federal espera que a apreensão de celulares e computadores na casa dos suspeitos leve às provas factuais que faltam no relatório. Dizem que o inquérito está encerrado e que novas evidências abrirão uma nova etapa da investigação. Mas enfrentam a realidade da dificuldade natural de uma investigação que levou seis anos para ser concluída (?) para encontrar provas antigas que provavelmente já foram destruídas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Era esse exatamente o papel do delegado Rivaldo Barbosa, segundo as apurações da Polícia Federal: segurar a investigação, impedir que fosse adiante, destruir provas. Deu certo durante muito tempo, pode até dar certo até o final, pois nada indica que o final seja feliz. O fato de estar sob jurisdição do Supremo Tribunal Federal leva a crer que o julgamento seguirá o caminho indicado pelo relator, que já obteve apoio dos ministros da Segunda Turma. Agora não se trata mais de decisão monocrática de Alexandre de Moraes, mas uma decisão do Supremo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O procurador-geral da República, Paulo Gonet, não parece inclinado a discordar do teor geral do inquérito. Mas, e se a defesa dos acusados conseguir retirar do Supremo o processo? Durante a semana, os ministros do STF votarão, no plenário virtual, uma redefinição do que seja foro privilegiado. O caso só está no Supremo porque o foro privilegiado de deputado federal de Chiquinho Brazão fez com que os demais acusados fossem atraídos para essa última instância do Judiciário. Há quem especule que o deputado federal da família só foi incluído no processo com este fim: levá-lo para o Supremo, onde o algoritmo sorteou o ministro Alexandre de Moraes para relator.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas o caso do assassinato de Marielle Franco aconteceu quando Chiquinho Brazão era vereador, e seu irmão Domingos já era membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), eleito pela Assembleia Legislativa, onde era deputado estadual. A atual legislação determina que só tem foro privilegiado no Supremo quem cometeu crime na função, e, portanto, a redefinição da abrangência desse instrumento terá influência no caso de Marielle.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A defesa tentará levar o julgamento dos irmãos Brazão para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), Chiquinho por ser vereador na época, Domingos por já estar no TCE. O delegado Rivaldo iria a julgamento na primeira instância no Rio. Certamente não é esse o desejo do STF, e seus ministros terão de votar no plenário virtual com um olho na melhor acepção do foro privilegiado, mas também com outro na decisão imediata do caso Marielle.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Globo</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-23741205699693451022024-03-28T23:43:00.001-03:002024-03-28T23:43:21.267-03:00 Daniel Kahneman, o homem que revolucionou a percepção da racionalidade humana.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQhycmJtjavQGvPKU12Miqq0qHlDcsRSRMa5Aq5hXFqFYzzMeYFjyQDMmnOimU4OvdPqhcBvXlWLHPxJKjO_vkiWS6JboNjFJkTAirS_0eVdV5JnPq_RI3DAUNdcZqMHYdhPtcoxy9QkCvcwu60VJgiXkHgzIFsYn_hOsfWtzIZpZhXOGBIRN-5c-Tebk/s800/h-20-91618171.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQhycmJtjavQGvPKU12Miqq0qHlDcsRSRMa5Aq5hXFqFYzzMeYFjyQDMmnOimU4OvdPqhcBvXlWLHPxJKjO_vkiWS6JboNjFJkTAirS_0eVdV5JnPq_RI3DAUNdcZqMHYdhPtcoxy9QkCvcwu60VJgiXkHgzIFsYn_hOsfWtzIZpZhXOGBIRN-5c-Tebk/s16000/h-20-91618171.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Kahneman, falecido ontem, identificou os erros sistemáticos, ou vieses, que fazem parte da estrutura da mente humana. Segundo sua pesquisa, há “erros no projeto do maquinário da cognição”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Eli Vieira </i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Daniel Kahneman, psicólogo israelense laureado em outra área, a economia, faleceu nesta quarta-feira (27) aos 90 anos. Radicado nos Estados Unidos, ele morava havia muitos anos na ilha de Manhattan, em Nova York, e lecionava principalmente na Universidade Princeton, desde 1993. Sua esposa, Barbara, preferiu não divulgar o local ou causa do óbito.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A quatro mãos, com seu colaborador Amos Tversky (1937-1996), o principal feito intelectual de Kahneman foi derrubar, nos anos 1970, a ideia do Homo economicus — o ser humano interpretado nas premissas da economia como um ser perfeitamente racional ao tomar decisões, incluindo as econômicas. Os dois são considerados pioneiros da área da economia comportamental, e seu trabalho foi reconhecido em 2002 com um prêmio de ciências econômicas em memória a Alfred Nobel, do Banco Central da Suécia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O legado de Kahneman para a psicologia e a economia</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">No bestseller “Rápido e devagar: duas formas de pensar” (Objetiva, 2012), Kahneman explica que até os anos 1970 os cientistas sociais “na maior parte aceitavam duas ideias sobre a natureza humana”. A primeira é que “as pessoas são geralmente racionais e seu pensamento é normalmente são”. A segunda é que “as emoções como o medo, o afeto e o ódio explicam a maior parte das ocasiões nas quais as pessoas rompem com a racionalidade”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os dois israelenses lançaram dúvidas sobre ambas as ideias, investigando erros sistemáticos, ou vieses, que fazem parte da estrutura da mente humana. Então não seria o caso que as emoções são culpadas por turvar a razão, mas que há “erros no projeto do maquinário da cognição”. Além disso, a psiquê operaria em dois modos: um Sistema 1, mais rápido, automático, instintivo, para primeiras impressões e mais sujeito aos vieses; e um Sistema 2, mais lento e dispendioso, que coincide com o que se chama popularmente de “queimar as pestanas” e sai do habitual e do automático.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A ideia popular de que é possível influenciar o sexo de um bebê em gestação, por exemplo, seria derivada de um viés cognitivo que nos leva a interpretar padrões aleatórios como se tivessem um nexo causal com fatores externos. Ao ver uma sequência de nascimentos de, por exemplo, seis meninos seguidos da mesma mãe, tendemos a pensar (com o Sistema 1) que isso deve ter uma causa diferente do acaso em comparação com uma sequência em que os sexos parecem se alternar em intervalos variados.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Por que esses erros acontecem? Uma razão é que “presumir a causalidade poderia ter vantagens evolutivas”, ou seja, vantagens para a sobrevivência e a reprodução. “Estamos automaticamente atentos para a possibilidade de que o ambiente mudou. Os leões aparecem na planície a tempos aleatórios, mas seria mais seguro notar e responder a um aumento aparente na taxa de aparecimento de bandos de leões”, ainda que o padrão real seja ao acaso em vez de aumento, explicou o psicólogo — com esse tipo de explicação, além de integrar a psicologia à economia, ele também contribuía para uma conversa interdisciplinar com a biologia, algo raro para cientistas sociais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Os últimos dias me ensinaram que praticamente todas as pessoas que eu sigo têm algo em comum: a admiração por Daniel Kahneman”, resumiu o cientista da computação e ensaísta Paul Graham, no X. Um seguidor do ensaísta relatou que a leitura de “Rápido e Devagar” salvou a vida de sua esposa: “tínhamos que escolher entre dois tipos de cirurgias e estávamos pendendo para escolher um tipo com base em aversão a riscos. Aí eu abri o livro na página dedicada à tomada de decisões, foi crucial para procurar por uma alternativa melhor”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em seu livro “Psych” (Ecco Press, 2023; sem edição no Brasil), Paul Bloom, professor emérito de psicologia da Universidade Yale, diz que a área do estudo dos vieses cognitivos “tem seu próprio Freud — na verdade, dois deles: os amigos e colaboradores Amos Tversky e Daniel Kahneman”. A influência de ambos levou trabalhos posteriores a proporem listas de até mais de 100 vieses, mas Bloom não acredita que a lista é tão extensa. Em parte, porque desde a década passada a psicologia sofreu uma crise de fracasso de reprodução de resultados de estudos, quando eles eram refeitos. O especialista reduz a lista de vieses para cinco, mas o trabalho de Kahneman sobrevive à crise e ainda é relevante.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O filósofo canadense Joseph Heath, no livro “Enlightenment 2.0” (“Iluminismo 2.0”, em tradução livre, 2014, sem edição no Brasil), faz um esforço de recuperar o ideal de racionalidade humana após as revelações de Kahneman. “A natureza traiçoeira do viés cognitivo é que é teu próprio cérebro que está fazendo isso contigo”, reconhece Heath, “de forma que não é possível discernir pela introspecção quando está acontecendo” a indução ao erro. Só saber que temos vieses, e quais eles são, não é suficiente para sermos mais sábios ou racionais, ele aponta. A solução de Heath é conhecida de terapeutas cognitivo-comportamentais: mudar o ambiente. Assim como lápis e papel nos tornam mais racionais e menos sujeitos a erro na matemática, podemos criar ambientes mais condutivos à racionalidade, que depende de processos lentos no cérebro individual e macetes culturais acumulados em comunidades comprometidas com o pensamento rigoroso.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A juventude de Daniel Kahneman</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Quando Kahneman nasceu em Tel Aviv, em 1934, não havia um Estado de Israel, mas um Mandato Britânico da Palestina. Seus pais, judeus lituanos, estavam apenas visitando, o lar da família era em Paris. O pai pesquisava química para uma indústria. O psicólogo contou que as raízes da família na França eram rasas, pois não se sentiam seguros — o que só foi confirmado com a invasão de Hitler nos anos 1940.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Foi quando a Segunda Guerra ainda rugia, em 1941, que o menino de sete anos desenhou seu primeiro gráfico. Eram números da fortuna da família, em declínio vertiginoso na esteira do Holocausto. “Nunca saberei se minha vocação como psicólogo resultou da minha exposição precoce à fofoca interessante”, brincou Kahneman em um artigo autobiográfico para a página do Prêmio Nobel, “ou se meu interesse na fofoca era uma indicação de uma vocação que estava brotando. Como muitos outros judeus, suponho, cresci num mundo que consistia exclusivamente de pessoas e palavras, e a maior parte das palavras tratavam de pessoas”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Nas fofocas da mãe, algumas pessoas eram melhores que outras, “mas as melhores estavam longe de perfeitas e ninguém era simplesmente ruim”. As histórias eram cheias de ironia e todas tinham dois lados ou mais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Na França invadida, quando menino, ele era obrigado a usar uma estrela de Davi na lapela e respeitar o toque de recolher às 18 horas. Uma vez, topou por acaso com um soldado da SS nazista, após a hora limite, porque se distraíra demais brincando com um amiguinho cristão. O soldado usava um uniforme preto que ele aprendeu a temer. Ao se aproximar, com passo apertado, foi abordado pelo nazista. O homem o pegou no colo, lhe deu um abraço, e falava emocionado em alemão. Ele abriu a carteira, mostrou a foto de seu filho, e lhe deu dinheiro. “Fui para casa com mais certeza que nunca que minha mãe tinha razão: as pessoas eram infinitamente complicadas e interessantes”, refletiu.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Aos 17 anos, Israel já existia e lhe cobrou que servisse às forças armadas. O rapaz, mais inclinado ao intelecto que à fisicalidade, conseguiu conciliar o serviço à sua paixão pela escrita. Foi então que decidiu que seria psicólogo. O teste de orientação vocacional confirmou: psicologia era a primeira recomendação — economia era a segunda. Em dois anos, Kahneman completou a graduação em psicologia na Universidade Hebraica de Jerusalém, com uma importante especialização em matemática que marcaria o rigor quantitativo de suas pesquisas depois, mas “era medíocre em matemática”, confessou.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Com 20 anos, ele já estava aplicando seus conhecimentos como segundo-tenente nas Forças de Defesa de Israel. Mas foi no final da década seguinte, nos anos 1960, quando lecionava na universidade onde se formou, que Kahneman conheceu seu colaborador mais novo, Amos Tversky. Dos oito artigos conjuntos que publicaram durante a década de 1970, cinco foram citados por outros pesquisadores mais de mil vezes. Tversky morreu de câncer em 1996. Sua esposa era a mesma Barbara, agora viúva duas vezes. Kahneman deixou também dois filhos de seu primeiro casamento, quatro enteados e sete netos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Gazeta do Povo (PR)</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-77475199663815506362024-03-28T23:43:00.000-03:002024-03-28T23:42:59.955-03:00 Caso Marielle, uma facada na narrativa.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8ABkoQ_dv2MTw9ooqtXxHx3KIsxDcB0dEEph2yNus3y7xJRPQcck3VY-Vsn65MqPK0BJrZ3eyx8IzpR4APtZowHIePW_wCFosbI3d8Z2E8yaQm_EiWIWGmrxKXuktqwNoyrEz3Ya74kthetPhMAnZtMWssdHi0Y2CBczY3ldpNJU1TJ6oatejB8dqpm0/s1234/sdsfsd.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="926" data-original-width="1234" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8ABkoQ_dv2MTw9ooqtXxHx3KIsxDcB0dEEph2yNus3y7xJRPQcck3VY-Vsn65MqPK0BJrZ3eyx8IzpR4APtZowHIePW_wCFosbI3d8Z2E8yaQm_EiWIWGmrxKXuktqwNoyrEz3Ya74kthetPhMAnZtMWssdHi0Y2CBczY3ldpNJU1TJ6oatejB8dqpm0/w640-h480/sdsfsd.webp" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Percival Puggina (foto)</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ninguém me contou. Eu vi, na Globo e na CNN. Perdoem-me por não saber o nome das mocinhas, pois se esses dois canais precisassem da minha audiência já teriam mudado de ramo. Só digo que elas me passaram a mesma impressão causada por militantes esquerdistas de centros acadêmicos. O que importa é “a causa” e a correspondente “narrativa” para cada acontecimento.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Há cinco anos, um cadáver é manipulado pela esquerda, mudando de armário conforme as circunstâncias ocasionais da política. Bolsonaro tinha que estar envolvido na morte de Marielle ainda que ninguém saiba o motivo pelo qual ele estaria interessado a esse ponto na eliminação da vereadora. No entanto, todo o trabalho desses militantezinhos de centro acadêmico, seus sorrisos e insinuações foi conduzido para colocar seu cadáver no colo do ex-presidente.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A isso convinham as investigações lentas e os poucos avanços. Toda demora das investigações era tempo ganho para especulações e comentários maliciosos, sugestivos. Quando os assassinos foram identificados, abriu-se nova brecha. Como eram meros executores, pés de chinelo, tornou-se imperioso identificar mandante(s) para o crime. Com isso, a falsa malandragem das redações ganhou prorrogação de tempo para suas imposturas. Assim tem sido, ano após ano.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O jornalismo tradicional e respeitável foi substituído por isso que temos aí. De um lado, os militantes de centro acadêmico, acolhidos nas redações, não se importam com o descrédito de seu trabalho; de outro, as direções dessas empresas, porque se abastecem das agradecidas verbas oficiais, entraram na mesma “vibe” de seus meninos e meninas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Agora, é a Polícia Federal que aponta os mandantes e ficou impossível não ver o desconforto causado pela identificação dos culpados. Coloque-se o leitor no lugar da moçada das redações. Qual a utilidade política dessa informação? Quem se importa com os irmãos Brazão? Vi a desolação estampada nos rostos frente à notícia que davam e comentavam.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Foi como se o cadáver da vereadora lhes caísse no colo. Fazer o quê com ele, agora?</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As carpideiras de redação não mais pranteavam a morte de alguém, mas a facada desferida contra sua narrativa. Era impossível que Bolsonaro, sabidamente responsável por todos os pecados e malefícios ao sul do Equador, fosse inocente logo nesse caso. Era o que sugeriam com suas palavras e expressões fisionômicas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Precisam desesperadamente alimentar a narrativa. Tornou-se indispensável arrumar um fio condutor qualquer que ligue os fatos a Bolsonaro, não importa quantos rolos de fio sejam necessários nem quão ridículo e emaranhado seja o caminho.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Blog do Percival Puggina </span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-50052638549227328742024-03-28T23:40:00.003-03:002024-03-28T23:40:57.445-03:00 Piada do Ano! Maduro agora acusa Lula de seguir “ditado” dos EUA sobre democracia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq-ZkqN6i5dqi1T6N8h4sl2f6l5uUlu5LehAnV0hQAEggJmUntuOnRuPbJgrJWRCddypAxhim4b0UtU3kar9eCs4vBmgRNiOZfFj0wUihfn6wndWfQROLpokP9m_vUsuiMVGyqgyvxHOY7vLIWkYVYawxsufC93SoTBKcmNZbZdo14P2A78SXm-sjai5s/s1280/06062022JCasado789.JPEG.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq-ZkqN6i5dqi1T6N8h4sl2f6l5uUlu5LehAnV0hQAEggJmUntuOnRuPbJgrJWRCddypAxhim4b0UtU3kar9eCs4vBmgRNiOZfFj0wUihfn6wndWfQROLpokP9m_vUsuiMVGyqgyvxHOY7vLIWkYVYawxsufC93SoTBKcmNZbZdo14P2A78SXm-sjai5s/w640-h360/06062022JCasado789.JPEG.webp" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por José Casado (foto)</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O governo Lula ecoa a política de ingerência externa da Casa Branca, e sua manifesta preocupação sobre dificuldades impostas à oposição no processo eleitoral da Venezuela “parece ter sido ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">É o que diz, na essência, uma nota pública do governo venezuelano divulgada nesta terça-feira (26/3).</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">ESTILO MADURO – Linguagem grosseira é peculiaridade diplomática da cleptocracia venezuelana chefiada pelo ditador Nicolás Maduro. Para quem acredita que a sinceridade costuma transparecer na má educação, como ensinou o escritor espanhol Enrique Poncela, Lula pode ter caído numa armadilha de Maduro ao resgatá-lo do isolamento político, no ano passado.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Primeiro, abraçou-o, depois estendeu-lhe o tapete vermelho do Palácio do Planalto, e, na sequência, avalizou um “acordo” de eleições livres, limpas e justas na Venezuela, subscrito em parceria com Estados Unidos e Colômbia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Agora, quando reclama o cumprimento do que foi combinado, o ditador autoproclamado de esquerda o desqualifica, publicamente, inscrevendo-o na lista dos agentes políticos regionais que ecoam o “ditado” do imperialismo norte-americano sobre democracia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">JOGO COMBINADO – Não é bem assim, advertem alguns diplomatas. Nessa versão, haveria um jogo combinado. Lula nunca acreditou em eleições livres, limpas e justas sob a cleptocracia venezuelana, tem mesmo ojeriza aos “neoliberais” de Caracas, não está e nunca esteve preocupado com as prisões em série, tortura e eventuais mortes de opositores do regime ditatorial de Maduro.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Seu pragmatismo interessado permitiria absorver grosserias do gênero, porque enquanto Maduro representar um problema para a América do Sul, os Estados Unidos e a União Europeia, terá garantido um papel destacado no palco da mediação de crises na região.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Maduro tem uma difícil reeleição pela frente, mesmo no cenário uma disputa com adversários por ele escolhidos ou cooptados, depois de banir a candidata liberal María Corina Machado, líder da oposição, prender seus assessores e impedir outras onze candidaturas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">ESCOLHA PESSOAL – A embaixada da Argentina deu asilo a seis oposicionistas, na segunda-feira. Em represália, Maduro mandou cortar a luz da residência do embaixador.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Se tudo der certo, a cleptocracia venezuelana continuará no poder. Maduro já tem uma conta vencida e não paga com o Brasil de quase US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões). Mas, tudo bem, poderá oferecer a Lula novos contratos com empresas brasileiras, como a Petrobras e empreiteiras que Lula tenta resgatar.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">É o que acreditam entusiastas da “reaproximação” com a Venezuela na qual Lula se enredou por escolha pessoal.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Nota do blog Tribuna da Internet – Maduro deu o cano na Odebrecht e outras empreiteiras, mas os governos Lula/Dilma garantiram o pagamento ao BNDES, subtraindo preciosos recursos do Fundo de Apoio às Exportações. E la nave va, cada vez mais fellinianamente. (C.N.)</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Revista Veja / Tribuna da Internet</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-17865307767398381382024-03-28T23:40:00.002-03:002024-03-28T23:40:44.111-03:00 Cofre de Biden está mais cheio que o de Trump antes de grande evento de arrecadação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk3DwLeltIEO0dZ1qN2MITak3fYXDuu9r1LEsDE3TvtKI8QQPCK69w2EkXXviYA1tF8fl9Esb5XchoE_kpGN4DgqbhP9MFp3E5ol7EwT_Ul4tLZ6iAqtHJ_NqKsb5QIsVkdCHze70dekT3qrTy-HJ_0JzG1uu8VVUezBLbgiekjf1ACE59Z3P5kdwHDN0/s1900/dfgdfgd.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1097" data-original-width="1900" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk3DwLeltIEO0dZ1qN2MITak3fYXDuu9r1LEsDE3TvtKI8QQPCK69w2EkXXviYA1tF8fl9Esb5XchoE_kpGN4DgqbhP9MFp3E5ol7EwT_Ul4tLZ6iAqtHJ_NqKsb5QIsVkdCHze70dekT3qrTy-HJ_0JzG1uu8VVUezBLbgiekjf1ACE59Z3P5kdwHDN0/s16000/dfgdfgd.webp" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Candidatos à Presidência dos EUA Donald Trump e Joe Biden</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Por outro lado, Trump tem se saído melhor na arrecadação de dinheiro de grupos externos</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Stephanie Kelly e Moira Warburton</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A campanha do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, arrecadou mais dinheiro antes das eleições de novembro do que a de seu rival republicano, Donald Trump, o que os analistas atribuem ao status de Biden e ao apoio de antecessores democratas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Esse apoio será exibido na quinta-feira (28) em um evento de arrecadação de fundos para Biden na cidade de Nova York, onde os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, ambos democratas proeminentes, estarão presentes.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O comitê de campanha de Biden está superando Trump tanto em dinheiro arrecadado de grandes contribuições quanto em pequenas doações individuais abaixo de 200 dólares, de acordo com o OpenSecrets, um grupo de pesquisa que rastreia dinheiro e influência na política dos EUA.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As grandes contribuições representam cerca de 55% dos 128,7 milhões de dólares que o comitê de campanha de Biden arrecadou até agora no ciclo eleitoral, mostraram os dados da OpenSecrets, em comparação com 45% de pequenas contribuições.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Para Trump, as grandes contribuições compreendem 64% dos 96,1 milhões de dólares que seu comitê de campanha arrecadou, contra 36% de pequenas contribuições.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Entretanto, Trump tem se saído melhor na arrecadação de dinheiro de grupos externos, como os super PACs, que podem receber doações de tamanho ilimitado, mas não podem se coordenar diretamente com as campanhas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os grupos externos que apoiam Trump arrecadaram 83,1 milhões de dólares, em comparação com os 60,1 milhões de dólares dos grupos que apoiam Biden.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">No total, a candidatura de Biden arrecadou 188,8 milhões de dólares de seu comitê de campanha e grupos externos, contra 179,2 milhões de dólares de Trump.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os candidatos democratas arrecadaram mais dinheiro para apoiar suas candidaturas à Casa Branca do que seus adversários republicanos em todos os ciclos eleitorais depois de 2004, quando George W. Bush arrecadou mais dinheiro do que seu oponente democrata John Kerry, segundo dados da OpenSecrets.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">No confronto de 2020 entre Biden e Trump, o democrata arrecadou mais de 1,6 bilhão de dólares com seu comitê de campanha e grupos externos, o máximo que qualquer candidato já arrecadou em uma corrida presidencial. Trump, em comparação, arrecadou 1,1 bilhão de dólares.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Entretanto, mais dinheiro nem sempre é uma indicação de sucesso. Trump venceu a candidata democrata Hillary Clinton em 2016 depois que ela arrecadou 769,9 milhões de dólares, bem mais do que os 433,4 milhões de dólares que ele arrecadou.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Segundo os analistas, os doadores de pequenos valores são importantes para sinalizar o apoio das bases.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Se você consegue que alguém lhe dê cinco dólares, essa pessoa está dando cinco dólares como um gesto de dizer: ‘Eu acredito em você'”, disse David Primo, professor de Ciência Política e Administração de empresas da Universidade de Rochester.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Arrecadações de fundos como o evento de Biden nesta quinta-feira também são importantes — ajudam o candidato a construir um fundo de guerra para a campanha, que financia campanhas publicitárias e contatos telefônicos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Enquanto Biden conta com o apoio de presidentes anteriores como Obama e Clinton, Trump não tem o apoio do ex-presidente George W. Bush, seu antecessor republicano, e não conseguiu obter o endosso de Mike Pence, que foi seu vice-presidente.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ainda assim, Trump também tem grandes eventos de arrecadação de fundos em breve. No início de abril, o bilionário do setor de hedge funds John Paulson será o anfitrião de um evento de arrecadação de fundos em Palm Beach, na Flórida, com grandes nomes, incluindo o investidor Robert Mercer e o bilionário de supermercados John Catsimatidis. As doações podem variar de 250 mil dólares a 814.600 dólares por pessoa, de acordo com um convite para o evento.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Se você conseguir arrecadar dinheiro antecipadamente em uma eleição competitiva e gastá-lo de forma inteligente, poderá obter alguns votos reais com isso”, disse Dmitri Mehlhorn, consultor de Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn e um dos principais doadores de candidatos democratas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Reuters / CNN</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-58843412983830696772024-03-28T23:40:00.000-03:002024-03-28T23:40:11.260-03:00 Países ricos também são corruptos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifURD20hdju1CwRoCnoa6UZklBJt1pNS8X-_bibWTjsm4f-USxPG9kYId05cdBXHtCycdY-jyZ2DNNrn0jPQGtYOPN7TpCKpLxxoNMKG4R7p-OqBmM9bZrzUBoL3V_rziTTl_ZTcJM965vFOAH_gKuAoPoICrDfMKi3Y3xLwo2iGt_iv9DQtMo6Rc72eg/s978/Ang_UNDP_green.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="978" data-original-width="687" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifURD20hdju1CwRoCnoa6UZklBJt1pNS8X-_bibWTjsm4f-USxPG9kYId05cdBXHtCycdY-jyZ2DNNrn0jPQGtYOPN7TpCKpLxxoNMKG4R7p-OqBmM9bZrzUBoL3V_rziTTl_ZTcJM965vFOAH_gKuAoPoICrDfMKi3Y3xLwo2iGt_iv9DQtMo6Rc72eg/w450-h640/Ang_UNDP_green.webp" width="450" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Metade dos contratos do governo para fornecimento médico durante a pandemia no Reino Unido foram para empresas geridas por amigos de políticos</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Yuen Ang* (foto)</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Em uma sociedade cada vez mais orientada para o desempenho, as métricas são importantes. O que medimos afeta o que fazemos”, argumentou o relatório de 2008 da Comissão sobre a Mensuração do Desempenho Econômico. “Se tivermos as métricas erradas, nos esforçaremos pelas coisas erra das.” A comissão desafiava a primazia do PIB como métrica do desenvolvimento. Mas a mesma observação aplica-se à corrupção, que é convencionalmente - e de forma enganosa - medida como um problema unidimensional.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os índices globais de corrupção, incluindo o Índice de Percepção da Corrupção (IPC), da Transparência Internacional, e o Índice de Controle da Corrupção, do Banco Mundial, atribuem uma pontuação única aos países. Estas métricas mostram consistentemente que os países ricos são “muito honestos”, enquanto os países pobres são “altamente corruptos”. Por exemplo, o IPC de 2023 classifica o Reino Unido (pontuação 71) como o 20º país menos corrupto do mundo, muito mais honesto que a China (42) e o Brasil (36). A maioria dos utilizadores do IPC, incluindo imprensa, empresas e analistas, interpretam estes números como um fato.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas serão os países mais ricos realmente menos corruptos que os mais pobres? Métricas unidimensionais como o IPC obscurecem o fato de que variedades qualitativamente diferentes de corrupção não podem ser reduzidas a uma única pontuação. Estas métricas também subestimam sistematicamente aquilo que chamo de “corrupção dos ricos” - que tende a ser legalizada, institucionalizada e ambiguamente antiética - em oposição à “corrupção dos pobres”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Nos países pobres, a corrupção assume formas claramente ilegais, como o roubo de recursos públicos e a aceitação de propinas. Nos países ricos, pelo contrário, muitos acreditam que o problema não existe mais. Em “The Quest for Good Governance”, Alina Mungui-Pippidi conclui até que as economias avançadas tenham atingido um estado final de “universalismo ético”, no qual “a igualdade de tratamento se aplica a todos”. Em suma, o Ocidente rico é honesto.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas em virtude da ascensão do populismo nas democracias de renda alta, em grande parte uma reação contra as vantagens descomunais desfrutadas pelos ricos e politicamente ligados, o “universalismo ético” parece mais ilusório do que real. Como revelou o “New York Times” em 2020, metade dos contratos governamentais do Reino Unido para fornecimentos médicos durante a pandemia foram para “empresas geridas por amigos e associados de políticos” por meio de uma “via VIP” especial.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Como, então, o IPC classificou o Reino Unido como o 20º país menos corrupto? A pontuação não se baseia em pesquisas realizadas internamente pela Transparência Internacional, mas em uma combinação de vários inquéritos de terceiros. Quase todos esses vêm de organizações ocidentais, como a Economist Intelligence Unit, e tem uma forte tendência de depender das respostas dos executivo empresariais ocidentais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Além disso, a formulação dessas pesquisas é muitas vezes vaga. Por exemplo, o Anuário Mundial de Competitividade, uma das fontes do IPC, apresenta aos executivos empresariais uma grosseira escolha binária: “Suborno e corrupção: existem ou não existem”. Não admira que o IPC mostre que os países ricos são “muito honestos” ano após ano, mesmo quando os seus cidadãos comuns discordam.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Reconhecendo que não havia alternativas a essas métricas convencionais, apesar das inúmeras críticas (inclusive do próprio criador do IPC), testei o Índice de Corrupção Desagrupado (ICD). Assim como o IPC, o ICD é uma métrica de corrupção baseada em percepções apresentadas em pesquisas. No entanto, divide a corrupção em quatro variedades: pequenos furtos (extorsão por agentes de rua), grandes roubos (desvio por parte de políticos), dinheiro rápido (pequenos subornos para superar obstáculos burocráticos ou assédio) e acesso ao dinheiro (grandes recompensas em troca de exclusivos e lucrativos privilégios, como contratos e resgates financeiros).</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Métricas unidimensionais subestimam sistematicamente a “corrupção dos ricos”, que tende a ser legalizada, institucionalizada e ambiguamente antiética, em oposição à “corrupção dos pobres”</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Embora as três primeiras variedades de corrupção - as endêmicas nos países pobres - sejam descaradamente ilegais e diretamente prejudiciais, o acesso ao dinheiro pode ser ilegal (como no caso do suborno) ou permissível (como no caso do financiamento de campanhas). Métodos sofisticados de aquisição de privilégios podem envolver instituições inteiras em que nenhum indivíduo é corrupto. Por exemplo, a lavagem de dinheiro, para a qual Londres é um centro conhecido, pode envolver a movimentação de fundos sem problemas através das fronteiras e de instituições financeiras respeitadas. Nos EUA, os bancos gastaram coletivamente bilhões de dólares fazendo lobby por regulamentações frouxas, o que levou à crise financeira de 2008, mas apenas um banqueiro foi indiciado.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O ICD utiliza uma pesquisa original de especialistas para avaliar todos os quatro tipos de corrupção. Uma esclarecedora comparação é entre EUA e China. Os EUA são menos corruptos do que a China em geral, mas a diferença é menor na categoria de acesso ao dinheiro, o tipo de corrupção dominante em ambos os países. Notadamente, a pontuação dos EUA em termos de acesso ao dinheiro é mais elevada do que a de países de rendimento mais baixo. Se nos baseássemos apenas em pontuações agrupadas, concluiríamos que os EUA são honestos. Mas uma vez desagregadas, podemos explicar o apelo das promessas populistas de “drenar o pântano”.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ainda mais interessante é que prevalecem diferentes formas de acesso ao dinheiro nos EUA e na China. Numa comparação baseada na aceitação de subornos por meio das redes pessoais de políticos, a China domina claramente. No entanto, quando recorremos às práticas de “portas giratórias” e à captura regulamentar através de lobby, os EUA lideram.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em suma, o acesso ao dinheiro nos EUA é principalmente institucional, enquanto o problema na China ainda está enredado em relações pessoais que envolvem suborno e pilhas de dinheiro escondido. A China não é necessariamente mais corrupta do que os EUA, mas sua corrupção tem certamente uma qualidade diferente.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mensurar mal a corrupção não é mero detalhe técnico. Fundamentalmente, reforça a mensagem ilusória, hipócrita e muitas vezes eurocêntrica de que os países de renda elevada alcançaram um estado duradouro de pureza ética. Na realidade, a corrupção evoluiu à medida que os países enriqueceram, tornando-se mais sofisticada e imperceptível.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Precisamos continuar combatendo a “corrupção dos pobres”. Mas, ao desagregar a corrupção, as democracias capitalistas também podem voltar sua atenção urgentemente necessária para alguns dos seus problemas mais prementes, incluindo o aumento da desigualdade, o declínio da confiança pública no governo, e o que a administradora da USAID, Samantha Power, chama de “corrupção moderna”. Superar esses desafios exige medi-los com precisão, em vez de fingir que não existem. (Tradução de Anna Maria Dalle Luche)</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>*Yuen Yuen Ang, professora de Economia Política na Universidade Johns Hopkins, é autora de How China Escaped the Poverty Trap (2016) e China's Gilded Age (2020).</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Valor Econômico</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-72691646842846121202024-03-28T23:39:00.000-03:002024-03-28T23:39:18.022-03:00 Como o colapso da ponte de Baltimore gerou inúmeras teorias da conspiração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Z9_KIfwVm5EcRQvOCUO1UQVNuZdWNks11I9mrJ6zpsvviIaq8-HM1EqvF0KlB7bFXuStTqf2MctH6-TjiiyWLj4ygbWun9pcb_TJPln5orNXb4TxF2kIEVTpwuTO6kVc7mhpvrVJ8GWiWWYWI5CDbyii5WfLGGnLOADzQrHdoq5JCpr48Zwe0WUkz3c/s1220/bridgecollapseday2.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="674" data-original-width="1220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Z9_KIfwVm5EcRQvOCUO1UQVNuZdWNks11I9mrJ6zpsvviIaq8-HM1EqvF0KlB7bFXuStTqf2MctH6-TjiiyWLj4ygbWun9pcb_TJPln5orNXb4TxF2kIEVTpwuTO6kVc7mhpvrVJ8GWiWWYWI5CDbyii5WfLGGnLOADzQrHdoq5JCpr48Zwe0WUkz3c/s16000/bridgecollapseday2.webp" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Colisão de navio de carga com ponte de Baltimore, nos Estados Unidos</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ataque cibernético, vacina da Covid-19 e até mesmo os Obamas foram envolvidos nas postagens das redes sociais</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mesmo antes da maioria dos americanos acordar na terça-feira de manhã com a notícia do colapso da ponte Francis Scott Key Bridge, em Baltimore, teorias da conspiração sobre o que supostamente tinha acontecido já circulavam nas redes sociais.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As reivindicações variaram de um ataque cibernético ou um capitão de navio prejudicado por efeitos colaterais, desde vacinas da Covid-19 – e até alegações de que Israel, ou mesmo os Obamas, tinham algo a ver com o colapso da ponte.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Todas essas alegações são totalmente infundadas. Autoridades que investigam o acidente disseram logo no início que não havia indicação de que foi um ato deliberado ou intencional.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas isso não impediu que as teorias da conspiração se espalhassem rapidamente pela internet, gerando milhões de visualizações nas redes sociais, enquanto equipes de resgate realizavam buscas pelas vítimas. Em apenas algumas horas, uma realidade alternativa inteira, desprovida de fatos, foi criada em torno do colapso da ponte.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">É um forte lembrete da decadente confiança dos americanos nas principais instituições, particularmente o governo e a mídia, e as estruturas de incentivo online que recompensam o compartilhamento de desinformação.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Eventos que chamam a atenção dos Estados Unidos sempre provocaram um dilúvio de teorias alternativas que desafiam ou contradizem os fatos ou a versão amplamente aceita dos eventos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O que torna este momento na história americana diferente é a capacidade de usuários na internet de inundar a rede com informações falsas, graças em parte à falta de ações por parte de empresas de mídia social, incluindo Facebook e X, anteriormente conhecido como Twitter.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">É totalmente possível que milhões de americanos tenham encontrado falsas alegações sobre o colapso da ponte quando acordaram na manhã de terça-feira antes de verem os fatos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“De muitas maneiras, as conspirações da ponte de Baltimore indicam um cenário preocupante para as eleições de novembro”, disse Ben Decker, CEO da Memetica, uma empresa que rastreia a desinformação online.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os suspeitos habituais</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Logo pela manhã de terça-feira, menos de seis horas após o colapso da ponte, Andrew Tate, um influencer com mais de 9 milhões de seguidores no X, postou, sem oferecer um fragmento de evidência, que o navio tinha sido “ciber-atacado” e foi deliberadamente dirigida para a ponte.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Agentes estrangeiros dos EUA atacam infraestruturas digitais”, acrescentou.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Tate, que é conhecido por seus cargos misóginos, está atualmente aguardando julgamento na Romênia sob a acusação de tráfico humano e estupro. Após esse processo, espera-se que ele seja extraditado para o Reino Unido para enfrentar acusações de ofensa sexual. Ele nega todas as acusações.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Na quarta-feira, o tweet de Tate foi visto mais de 18,5 milhões de usuários no X, de acordo com os próprios dados da empresa.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Sob Elon Musk, o X verifica as próprias informações por meio de classificações feitas pelos usuários. A classificação do tweet de Tate, por exemplo, foi dada como “especulação”. Na quarta-feira, a classificação foi atualizada para indicar que o post de Tate era “enganoso.” Na noite de quarta-feira, a classificação disse em parte que “os leitores devem estar cientes de que esta é uma opinião pessoal sendo retratada como factual.”</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Independentemente disso, o post de Tate ajudou a definir o tom para a realidade alternativa do dia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Duas horas após o post de Tate, o teórico da conspiração de Sandy Hook, Alex Jones, postou o vídeo do colapso da ponte na terça-feira e comentou: “Parece intencional para mim. Um ataque cibernético é provável. A Terceira Guerra Mundial já começou.”</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Jones e outros conspiratórios sobre o juízo final tentaram durante anos convencer seu público de que o mundo está à beira da catástrofe e que eles precisam se preparar. Parte dessa preparação envolve a compra de milhares de dólares em alimentos liofilizados e kits de sobrevivência – que, é claro, que Jones passou a vender.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Um pouco de respeito</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Na quarta-feira (27), o chefe da Polícia Estadual de Maryland anunciou que as equipes de mergulho haviam recuperado os corpos de duas pessoas no rio. Pelo menos quatro outras pessoas estão desaparecidas e foram dadas como mortas, disse a Guarda Costeira.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O prefeito de Baltimore pediu que as pessoas tivessem “um pouco de decência e respeito” quando se trata do discurso online sobre o colapso fatal da ponte.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Não espalhe desinformação. Lembre-se que há familiares dessas pessoas que perderam suas vidas simplesmente tentando melhorar o trânsito para o resto de nós”, disse o prefeito de Baltimore, Brandon Scott.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Até então, a tragédia já havia se tornado um fardo para a postura política.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Alguns usuários das redes sociais sugeriram que Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) estão ligadas ao colapso da ponte argumentando que mais pessoas desqualificadas foram colocadas em empregos para cumprir os mandatos de diversidade e inclusão e que isso de alguma forma contribuiu ou causou o acidente.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Não há nenhuma evidência para apoiar essa afirmação – mas é um ponto de discussão que gera muitos compartilhamentos. Os programas da DEI, que promove a inclusão de pessoas de grupos historicamente sub-representados ou discriminados, tornaram-se a mais recente frente nas guerras culturais nos Estados Unidos – com estados republicanos como a Flórida e o Texas assinando projetos de lei que restringem essas iniciativas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Política é tudo</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O que talvez seja mais notável sobre o quão rápida e amplamente as teorias da conspiração sobre uma notícia de última hora se espalham é o quão normal tudo isso é agora. A criação de uma realidade alternativa diária é uma máquina frenética.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em qualquer dia há um sólido contingente de influenciadores online, intelectuais falsos e autoproclamados “contadores da verdade”, que lhe dirão que o que está sendo dito nas notícias é uma mentira – se é quem realmente ganhou a eleição de 2020 nos Estados Unido (Biden ganhou) ou se Taylor Swift tem a capacidade de manipular o Super Bowl para ajudar o Presidente Joe Biden (ela não tem).</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Parte dessa desinformação é motivada pela política, pelo dinheiro ou a mistura de ambos. O X incentivou criadores a fazer posts virais, oferecendo-lhes uma parte da receita de publicidade da empresa. O dono do X, Elon Musk afirma que a rede não paga criadores cujos posts foram corrigidos por classificações da comunidade – mas muitos posts na plataforma caem em uma área cinza.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Há outras maneiras de ganhar dinheiro também – como vender kits de sobrevivência do juízo final.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Enquanto muitos americanos podem rir ou encolher os ombros quando ouvem algumas dessas teorias da conspiração – o dilúvio diário de falsas reivindicações moldam a visão de mundo de milhões de outros americanos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Um quarto de todos os americanos acredita falsamente que o FBI, e não os apoiadores de Trump, instigaram o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA. Um terço dos republicanos acredita na teoria da conspiração Taylor Swift-Super Bowl.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">As teorias da conspiração não param por aí</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Conforme as notícias se desenrolavam na terça-feira, as teorias da conspiração continuaram.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Algumas pessoas afirmaram falsamente que Israel era o responsável. Outros sugeriram que os Obamas poderiam ser responsáveis porque produziram um filme da Netflix onde um ataque cibernético faz com que um petroleiro encalhe. “Tire suas próprias conclusões”, uma pessoa com quase 700 mil seguidores no X postou na terça-feira de manhã.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">David Simon, o criador da série da HBO “The Wire” e um famoso nativo de Baltimore, começou a verificar algumas das falsas alegações mais ridículas que circularam no X.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Quando um usuário do X sugeriu que a vacina da Covid-19 era a culpada pela colisão, porque o capitão do navio havia entrado em colapso após tomar o imunizante, Simon revidou com os fatos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O capitão do navio não entrou em colapso, uma queda de energia causou a colisão, Simon observou – antes que ele secamente, e sarcasticamente, sugeriu que o usuário X que ele estava respondendo poderia acreditar que a queda de energia foi causada por “lasers espaciais judeus.”</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Antes de se tornar membro do Congresso, Marjorie Taylor Greene infamemente se envolveu com uma teoria da conspiração de que os lasers espaciais judeus podem ter sido a causa de incêndios mortais na Califórnia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Na terça-feira, o republicano da Geórgia postou no X perguntando se o colapso da ponte foi um “ataque intencional ou um acidente”, acrescentando que deve haver uma investigação completa.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os lasers espaciais judeus não foram responsáveis pelos incêndios, nem pelo colapso da ponte de Baltimore. Mas para muitos americanos, até mesmo alguns nos corredores do Congresso, pode não parecer tão improvável.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">CNN</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-91492629024152720302024-03-28T23:38:00.001-03:002024-03-28T23:38:41.073-03:00 A contaminação do aparato estatal no Rio de Janeiro pelo crime organizado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-hgtOaz1LLBrcuT9dFWOA3Gz-z_8dOVu4iDyr-Ke6aIiWqAjVGe_0x7dJbNmyVkVNW3eyg-FF5las4BXGj_kVoBCmyYriD5PkqoNoWBz05Gs3MIeuP0HLHn-f0_D__VgG2ru2XbV3N216KAtt2a3WnavhLse9EmixYoh8cVo51G3IiG55hnSkUXJ3I98/s1280/456654456lt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-hgtOaz1LLBrcuT9dFWOA3Gz-z_8dOVu4iDyr-Ke6aIiWqAjVGe_0x7dJbNmyVkVNW3eyg-FF5las4BXGj_kVoBCmyYriD5PkqoNoWBz05Gs3MIeuP0HLHn-f0_D__VgG2ru2XbV3N216KAtt2a3WnavhLse9EmixYoh8cVo51G3IiG55hnSkUXJ3I98/w640-h360/456654456lt.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Se não há dúvida de que a prisão dos mandantes do assassinato de Marielle Franco escancarou a contaminação do aparato estatal no Rio de Janeiro pelo crime organizado, também é verdade que só o crime ter sido solucionado já é um fato totalmente atípico.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Malu Gaspar (foto)</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Levantamento do GLOBO no ano passado a partir de dados públicos, registros jornalísticos e de centros de pesquisa mostra que o crime organizado é suspeito de ter executado 43 políticos no Rio nos últimos 20 anos. Noutro trabalho publicado na mesma época, a cientista política Mariana Carvalho, da Universidade Brown, cruzou dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os do Datasus e concluiu que o Rio é o local onde mais se matam políticos no Brasil: 2,6 mortes por grupo de mil políticos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Seja qual for o indicador, a conclusão é a mesma: no estado que mais mata políticos no Brasil, quase nunca se descobre quem matou e quem mandou matar. Por isso tanta gente alimenta a esperança de que o caso Marielle venha a ser um marco de mudança.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas há também grandes chances de Marielle ser apenas a exceção que confirma a regra, um daqueles crimes de grande repercussão em que se empenham os melhores esforços na investigação, se elege um inimigo público número um — como os irmãos Brazão — e se entregam cabeças apenas para que tudo continue funcionando como dantes.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A cabeça agora é o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, que o matador Ronnie Lessa diz ter arquitetado o crime e que estava “na mão” dos irmãos Brazão. A fama de Rivaldo já era conhecida, a ponto de a Polícia Federal (PF) avisar ao comando da intervenção federal sobre a segurança do Rio em 2018 que não o nomeasse para o cargo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Quem conhece bem o cenário fluminense sabe que Rivaldo é apenas um na engrenagem azeitada pelo dinheiro do tráfico, da milícia, da contravenção e de outras empreitadas criminosas que alimentam a corrupção policial — negócio extremamente lucrativo, que em última instância resulta numa das menores taxas de solução de homicídios do país.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Por mais complexo que seja o cenário, porém, não é preciso ir longe para vislumbrar formas de virar a chave. A própria história do caso Marielle já traz algumas pistas. Tudo caminhava para que as mortes de Marielle e Anderson engordassem a estatística de crimes sem solução quando as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile começaram a desarquivar investigações sobre outros assassinatos suspeitos de ligação com o Escritório do Crime.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">De repente, brotou na Polícia Civil uma denúncia anônima de que o atirador que puxara o gatilho era Lessa. As promotoras cutucaram um nervo exposto da corrupção policial no Rio, a Delegacia de Homicídios.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">De lá para cá houve diversas reviravoltas. Quem acabou concluindo a investigação foi a PF, mas ninguém discorda do papel fundamental que as duas tiveram ao simplesmente cumprir a função do Ministério Público de fiscalizar o trabalho das polícias.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">No Rio, esse trabalho ocorre de forma bissexta, sem recursos básicos, como acesso completo aos dados do sistema de inteligência onde se pode ver que crimes estão sem solução, em que regiões e há quanto tempo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Para completar o quadro, em 2021 o procurador-geral do estado, Luciano Mattos, nomeado por Cláudio Castro (PL) com o apoio da família Bolsonaro, extinguiu o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), que fazia o controle das polícias.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mattos foi reconduzido em 2023, mesmo tendo sido derrotado na eleição interna do MP — isso levou todos os 26 promotores do sobrevivente Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) a pedir exoneração, incluindo Simone e Letícia.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O meticuloso trabalho para evitar o controle da polícia fluminense não ficou restrito ao âmbito estadual. Quando o superintendente da Polícia Federal no Rio, Leandro Almada, foi indicado para o cargo, já com a missão de elucidar a morte de Marielle, o governador e aliados do próprio PT fizeram pressão sobre o Palácio do Planalto para barrar a nomeação.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Por essa mesma chefia da PF no Rio, aliás, Jair Bolsonaro é acusado de ter criado a crise que levou à saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Você tem 27 superintendências, eu quero apenas uma”, disse o ex-presidente, segundo o próprio Moro.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A cronologia do caso Marielle deixa claríssima a relação entre a metástase do crime organizado no Rio e o esforço do sistema político em dificultar o controle da ação policial.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Por isso, qualquer que seja a fórmula de começar a mudar esse quadro, será preciso que algumas cabeças sejam entregues, para que o controle comece a ocorrer. E não serão as cabeças de Ronnie Lessa ou de Rivaldo Barbosa.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Globo</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-21126322546921019152024-03-28T23:35:00.001-03:002024-03-28T23:35:20.840-03:00 Biden e Trump fazem campanha em Nova York<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihNBN7733vUq-7M4ZhILmQeoyIdaTqHj9aR63h6feDZttAnP907-BQ5TrJjCm37h96Rdj32w1_w6KTJHtqSKQKQgwkrtZiXP4IY2JKqAb3eP-IhT3BqsZJEPqfVnoaGIZpQ_BUSBmnv0iMlBtqyXWSowCzk-_znCdYLumUOZ8mwMLM583oghNiGX6mzL0/s2200/-1x-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1468" data-original-width="2200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihNBN7733vUq-7M4ZhILmQeoyIdaTqHj9aR63h6feDZttAnP907-BQ5TrJjCm37h96Rdj32w1_w6KTJHtqSKQKQgwkrtZiXP4IY2JKqAb3eP-IhT3BqsZJEPqfVnoaGIZpQ_BUSBmnv0iMlBtqyXWSowCzk-_znCdYLumUOZ8mwMLM583oghNiGX6mzL0/s16000/-1x-1.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O presidente americano, o democrata Joe Biden, e seu antecessor, o empresário republicano Donald Trump, fazem campanha em Nova York nesta quinta-feira (28) para as eleições presidenciais de novembro: o primeiro participa de um evento para arrecadação de fundos, enquanto o segundo assiste a uma homenagem para um policial morto em serviço.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Biden, de 81 anos, pousou em Nova York nesta quinta, na companhia do ex-presidente Barack Obama (2009-2017), para participar de um evento de arrecadação de fundos juntamente com outro antecessor, Bill Clinton (1993-2001).</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Sua equipe de campanha já anunciou uma arrecadação "histórica" de mais de 25 milhões de dólares (cerca de R$ 125 milhões, na cotação atual), vangloriando-se da vantagem financeira sobre Donald Trump na corrida à Casa Branca em novembro.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O porta-voz de Trump, Steven Cheung, criticou, na rede social X, o contraste entre o programa de Trump e a "festa deslumbrante" dos três democratas, "com seus benfeitores elitistas e defasados".</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A Casa Branca anunciou que o presidente Biden telefonou para o prefeito de Nova York, Eric Adams, para lhe prestar os pêsames pela "morte trágica" do policial Jonathan Diller, morto a tiros na segunda-feira, durante uma operação na via pública no distrito do Queens.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O democrata não entrou em contato com a família do policial, mas "compartilha de sua dor", declarou sua porta-voz, Karine Jean-Pierre, acrescentando que Joe Biden "sempre esteve ao lado das forças de ordem e continua estando".</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O comediante Stephen Colbert será o anfitrião do encontro entre os três líderes democratas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O evento será realizado no prestigado Radio City Music Hall, no centro de Manhattan, e contará com a presença de 5.000 pessoas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Segundo a emissora NBC News, os convidados podem chegar a pagar 100.000 dólares (R$ 500 mil) por uma foto com o trio.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Os números não mentem: o evento de hoje é uma demonstração enorme de força", disse Jeffrey Katzenberg, principal arrecadador da campanha do presidente, em nota na qual detalhou que em uma única festa, Biden vai arrecadar mais dinheiro que Trump em todo o mês de fevereiro.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Biden está com os cofres mais cheios que seu oponente republicano, que deve usar parte dos recursos arrecadados entre seus apoiadores para pagar as despesas legais com os vários casos abertos contra ele.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Trump, de 77 anos, se sentará novamente no banco dos réus no próximo 15 de abril, em Nova York, para responder sobre o pagamento para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornô em 2016, com a qual teria tido um caso extraconjugal, o que ele sempre negou. Esta é uma das quatro acusações contra ele.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas sua presença em Manhattan nesta quinta não ocorrerá para se defender nos tribunais, mas para ir ao velório do policial morto em serviço.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">"Quero dizer à família do agente Diller e a todos os corajosos policiais que arriscam suas vidas todo dia: nós os amamos, os apreciamos e sempre estaremos ao seu lado", escreveu Trump, na terça-feira, em sua rede social, Truth Social.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O republicano dedica grande parte de sua retórica de campanha a atacar a imigração ilegal e a criticar seu adversário democrata pelo que chama de negligência policial.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">AFP / Estado de Minas</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-25684963915032241982024-03-28T23:33:00.001-03:002024-03-28T23:33:53.434-03:00 Até general Heleno foi espionado por ‘Abin paralela’ no governo Bolsonaro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1eWT_2U2Gz3b_NPpl6iNzNPF-j_ws47b0rhbjNlA-gRXiW0szMhul0M06_EUDw9fhJD5kc_YJrJ5LbPWLKtHqxrzbSEezMJRSj5AKuhRkj1ViUIf2mTCXSIA33n768PE6opVEyusrWoOextbj8V-MRPWmHdzo8fep6ocbgs0q4MdBdsGKuhuaXvALKZU/s840/General-Augusto-Heleno.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="560" data-original-width="840" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1eWT_2U2Gz3b_NPpl6iNzNPF-j_ws47b0rhbjNlA-gRXiW0szMhul0M06_EUDw9fhJD5kc_YJrJ5LbPWLKtHqxrzbSEezMJRSj5AKuhRkj1ViUIf2mTCXSIA33n768PE6opVEyusrWoOextbj8V-MRPWmHdzo8fep6ocbgs0q4MdBdsGKuhuaXvALKZU/s16000/General-Augusto-Heleno.webp" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Heleno era “monitorado” pela Abin, que ele comandava</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Renata Agostini</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Aliado próximo de Jair Bolsonaro, o general da reserva Augusto Heleno foi monitorado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) quando comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), segundo indícios levantados por investigadores da Polícia Federal. A vigilância foi feita por meio do programa espião “FirstMile”, que mapeava a localização de celulares em todo o país.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">De acordo com dados da investigação, um número de celular utilizado por Heleno foi consultado 11 vezes no “FirstMile” em maio de 2020. O aparelho telefônico colocado sob vigilância da Abin era de uso “funcional”, ou seja, vinculado a assuntos de trabalho — e não era registrado no nome do militar justamente para evitar rastreamento. Isso significa que alguém próximo ao ex-ministro sabia que ele usava essa linha telefônica.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">VÁRIOS CELULARES – Procuradas, a defesa do ex-ministro e a Abin não quiseram comentar. Interlocutores de Heleno dizem que o ex-ministro usou diversos números fornecidos pelo governo durante os quatro anos em que foi chefe do GSI. No mesmo período, ele manteve a sua linha de telefone pessoal, que não foi monitorada</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A possibilidade de Heleno ter sido alvo da “Abin paralela”, que realizava espionagens ilegais, surpreendeu integrantes da investigação.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Até porque o ex-ministro é suspeito de comandar uma estrutura informal de inteligência durante o governo Bolsonaro, infiltrando agentes em campanhas em 2022, conforme ele mesmo admitiu em gravação de uma reunião ministerial obtida pela Polícia Federal.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">DESCONFIANÇA – Uma das suspeitas dos investigadores é que o monitoramento de Heleno foi fruto de uma desconfiança de Bolsonaro em relação a aliados próximos. Semanas antes da espionagem feita pela Abin, o ex-juiz Sergio Moro havia pedido demissão do cargo de ministro da Justiça após acusar o então presidente de tentar interferir na Polícia Federal. Heleno tentou selar a paz, reunindo-se com o ex-magistrado, mas a sua atuação foi frustrada.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">No mesmo período, o GSI, comandado por Heleno, foi alvo de reclamações de Bolsonaro, que estava insatisfeito com a atuação do órgão. O então presidente se queixava com frequência da escassez de informações de inteligência para tomar decisões estratégicas ou mapear riscos prementes ao seu governo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">A circunstância do monitoramento de Heleno ainda está sob investigação. A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar um suposto esquema de espionagem ilegal da Abin durante o governo Bolsonaro após reportagem do Globo revelar a utilização do “FirstMile” em março do ano passado.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">RASTREAMENTO – O programa israelense utilizava uma brecha na rede de telefonia brasileira para obter dados da conexão de celulares — que permitiam rastrear a localização de aparelhos utilizados por alvos selecionados.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Os números de telefone monitorados pela Abin estão sendo identificados pela PF com o apoio da Controladoria-Geral da União. Além de Heleno, foram alvos de espionagem da “Abin paralela” políticos, assessores parlamentares, jornalistas, ambientalistas e advogados, segundo investigadores.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Nota do blog Tribuna da Internet – Sinceramente, é tanta matéria maluca que chega a dar tédio. Essa do Augusto Heleno ser espionado a mando de Bolsonaro excede qualquer medida. É surrealismo puro. (C.N.)</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Globo / Tribuna da Internet</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-39261158800190404392024-03-28T23:33:00.000-03:002024-03-28T23:33:39.760-03:00 Israel se isola - Editorial<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWF0mLgj2tMBfRablHAjfUV4GqM-e4HCY5YOD24UT2bIDZqe0ZvRta3xUu9JAq90K1xCm5GFbh4NCRhLIbIEnAW_QbjSkaDH6ApPPBjT-86PGJBjspX8Bh5RVXAOB-pci5HdCl97hLMFk893TrHAlTwx7-2_YpusZo7bHU6cJegytEHsXLXyV0B5Zk2Yk/s984/2-campo-de-refugiados-de-jabalia-na-faixa-de-gaza-apos-ataque-israelense.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="655" data-original-width="984" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWF0mLgj2tMBfRablHAjfUV4GqM-e4HCY5YOD24UT2bIDZqe0ZvRta3xUu9JAq90K1xCm5GFbh4NCRhLIbIEnAW_QbjSkaDH6ApPPBjT-86PGJBjspX8Bh5RVXAOB-pci5HdCl97hLMFk893TrHAlTwx7-2_YpusZo7bHU6cJegytEHsXLXyV0B5Zk2Yk/s16000/2-campo-de-refugiados-de-jabalia-na-faixa-de-gaza-apos-ataque-israelense.webp" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Tragédia da guerra em Gaza faz até EUA deixarem de apoiar o Estado judeu na ONU</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Quando o grupo palestino Hamas lançou o mais devastador ataque terrorista da história de Israel, em 7 de outubro, boa parte do mundo cerrou fileiras com o Estado judeu.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O motivo era justo: mais de 1.200 pessoas mortas das formas mais brutais possíveis, outras estupradas e sequestradas geraram simpatia a uma nação acostumada a ser admoestada pelo tratamento que dispensa às populações palestinas sob seu jugo.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Mesmo países críticos a Tel Aviv, como diversos da Europa, se uniram no apoio ao direito de retaliação israelense. Para o cambaleante governo radical de Binyamin Netanyahu, foi oportunidade áurea para buscar a sobrevivência política.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Só que o premiê apegou-se à guerra, deixando no caminho 32 mil cadáveres recolhidos na Faixa de Gaza —mais a desordem no comércio no mar Vermelho pela retaliação dos houthis do Iêmen em apoio ao Hamas e o risco de um conflito maior, envolvendo o Irã.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O apoio a Israel esmaeceu, com a notável exceção de seu real fiador, os Estados Unidos. Mas a pressão do eleitorado americano, que vai às urnas em novembro, acabou por colocar os rivais Joe Biden e Donald Trump numa mesma posição: Netanyahu precisa parar.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Após iniciar o envio de magra ajuda humanitária a Gaza, o presidente democrata disparou uma salva diplomática inédita ao abster-se de votar na resolução do Conselho de Segurança da ONU que enfim pediu um cessar-fogo e a libertação dos reféns, sem contudo condicionar uma coisa à outra.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Abster-se equivale a condenar Israel na medida, abraçada pelos outros 14 membros do conselho. Foi a sexta resolução debatida sobre o tema —3 foram barradas pelos americanos, 2 por Rússia e China.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ato contínuo, Netanyahu criticou Biden e cancelou o envio de uma delegação aos EUA, selando um isolamento mundial. Mas o premiê —que, se enfrentasse eleição, estaria fora do cargo, segundo pesquisas— ainda tem apoio interno à guerra em si. O país quer reaver os 134 reféns que estão com o Hamas.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Assim, como todas as resoluções do tipo, a atual ruma para a lixeira da "realpolitik". Quando Netanyahu se dará por satisfeito é incerto.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Folha de São Paulo</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6538799585225547192.post-88321090308887850742024-03-28T23:32:00.004-03:002024-03-28T23:32:58.817-03:00 Críticas a Israel X antissemitismo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg27FgcDXAlEG5gnCsiALjlHK0s4RI0P4i-redzTs1CiUZuvgl0L-yOzU-XEBUlErrC-BIoYWrr0wvQKNCJCr267AFzSquf8hktPx19Wgz16a-h2LDD9DhzLZdluw5_XNGx85y6TWgsJyl-Tb1tcruULkoCDtT0jMPzQpo5LYUFISgrxsE2T3tV-SQSsDg/s1200/1370551918-20231010-guga-chacra-globonews-1.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1200" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg27FgcDXAlEG5gnCsiALjlHK0s4RI0P4i-redzTs1CiUZuvgl0L-yOzU-XEBUlErrC-BIoYWrr0wvQKNCJCr267AFzSquf8hktPx19Wgz16a-h2LDD9DhzLZdluw5_XNGx85y6TWgsJyl-Tb1tcruULkoCDtT0jMPzQpo5LYUFISgrxsE2T3tV-SQSsDg/w640-h480/1370551918-20231010-guga-chacra-globonews-1.webp" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Há diferenças entre criticar Israel e pregar sua destruição, assim como há distinção entre criticar apenas o Estado judeu e defender a causa palestina; entenda a diferença entre esses quatro pontos</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><i>Por Guga Chacra (foto)</i></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Criticar Israel não pode ser classificado como antissemitismo. Defender a causa palestina de ter direito a um Estado tampouco é antissemita. Mas pregar a destruição de Israel é, sim, antissemitismo, assim como apenas criticar Israel também deve ser visto como uma postura antissemita. São quatro pontos distintos e vale se aprofundar em cada um deles.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Crítico de Israel: Qualquer pessoa deve ter o direito de criticar qualquer país independentemente da nacionalidade e de quem governa a nação criticada. Condenar a invasão dos EUA ao Iraque não torna ninguém antiamericano, até porque muitos dos críticos eram justamente cidadãos que vivem em Nova York, Washington e São Francisco. Assim como o leitor não pode ser descrito como anti-Rússia por se opor à invasão russa da Ucrânia. Portanto não é antissemita, ou mesmo anti-Israel, criticar ações militares israelenses na Faixa de Gaza e a ocupação ilegal da Cisjordânia. Aliás, há setores da sociedade em Israel que historicamente são contrários à presença de assentamentos nos territórios palestinos.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Defensor da causa palestina: Praticamente todos os países do mundo defendem o direito de os palestinos terem um Estado independente, sendo que a maioria apoia a instalação dessa nação nos territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967 (Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental). Mesmo em Israel, a política oficial é de uma solução de dois Estados, ainda que haja divergência sobre as fronteiras, Jerusalém Oriental e a questão dos refugiados. Noto que o atual governo é contrário a uma Palestina independente. Ainda assim, defender uma Palestina independente vivendo em paz e segurança ao lado de Israel não pode ser considerado antissemitismo ou anti-Israel. Aliás, ser contra o direito de os palestinos terem um Estado deve ser encarado como uma forma de preconceito, a não ser que a pessoa defenda o direito de os palestinos da Cisjordânia e Gaza terem cidadania israelense.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Defensor da destruição de Israel: Quem defende a destruição de Israel é um antissemita porque o Estado israelense se identifica como judaico e 80% de sua população é judia. Não há como separar as duas coisas. Defender a destruição é diferente de criticar a ocupação da Cisjordânia ou as ações militares que resultam na morte de milhares de crianças em Gaza. Significa literalmente pregar que milhões de pessoas sejam expulsas ou mortas para que o Estado judeu seja eliminado. O regime do Irã é abertamente antissemita ao pregar a destruição de Israel. Todos os países árabes e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), por sua vez, reconhecem o direito de Israel existir nas fronteiras pré-1967 e, portanto, não pregam a destruição do Estado judeu. A maioria não tem relação diplomática, mas isso é distinto de querer eliminar o país.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">Crítico apenas de Israel: Como escrevi anteriormente, Israel pode ser criticado pela ocupação da Cisjordânia e pela ação militar em Gaza. Eu mesmo critico ambas e também a anexação ilegal das Colinas do Golã e o desrespeito à soberania libanesa. Mas criticar apenas Israel é antissemitismo. Quem não critica o atentado terrorista do Hamas, mas condena a resposta de Israel, seria antissemita. Assim como também é antissemitismo criticar Israel, mas ignorar os crimes de guerra da Rússia na Ucrânia, a limpeza étnica cometida pelo Azerbaijão contra os armênios no ano passado, a invasão dos EUA ao Iraque e as atrocidades cometidas pelos regimes da Arábia Saudita, Irã, Síria, Egito e outros.</span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="color: #660000; font-size: large;">O Globo</span></div>Brasil Soberano e Livrehttp://www.blogger.com/profile/00884435018456103406noreply@blogger.com0